quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Capítulo 2 – O Mundo Vai Girar

- Nathan, acorda por favor... – Savanna cutucava o irmão, que ainda dormia.
- Hoje não... – Murmurou Nathan, que ainda dormia.
Savanna respirou fundo.
Ela abriu as cortinas do quarto do irmão, fazendo-o remexer na cama, cobrindo os olhos.
- Porra Savanna! – Ele disse mal humorado – Hoje é sexta-feira!
- Exatamente! Você precisa me ajudar, Nathan! Não quero que só a mãe cuide de minha festa! Eu quero ajudar, entende? – Savanna dizia, sentando-se na beirada da cama do irmão.
Nathan destampou os olhos e olhou incrédulo para a irmã.
- Você não me acordou por isso foi? – Ele perguntou sério.
Nathan era o irmão perfeito, mas era a pior pessoa do mundo quando acordava.
Ainda mais, quando era acordado.
- Foi... – Savanna disse, sorrindo feito criança.
- Ah mano, vai se ferrar! – Nathan disse, estressado, entrando no banheiro.
Ele começou a xingar alto, e Savanna contou até dez mentalmente. Ela já conhecia o irmão.
Ele a xingaria alto, depois ele a olharia no fundo dos olhos e ela faria cara de vítima.
Arrependido, Nathan a abraçaria e diria que nunca mais falaria com ela daquele jeito, fazendo em seguida o que a menina quisesse.
Nathan Meester é uma pessoa totalmente previsível.
- ...Liga pra Hanna, vem falar sobre festa comigo?! Comigo?! – Ele resmungava.
Savanna cantarolava baixinho.
Ela ouviu o barulho de Nathan cuspindo na pia, e o barulho de descarga.
Ele saiu do banheiro, e olhou pra irmã, que encarava o chão.
Nathan sentiu o coração apertar.
Savanna olhou para o irmão, que olhou no fundo de seus olhos. Ele era um monstro.
Pelo menos, era isso que S. queria que ele pensasse agora. 


- S.? – Nathan chamou.
- Hum... – Savanna fazia-se de vítima.
Nathan sem demoras, a abraçou.
- Desculpa, eu nunca mais falo assim com você! O que você queria conversar comigo? Perdão... – Ele pedia arrependido.
Savanna riu.
- Eu quero que você me ajude com a festa! Não quero deixar somente nas mãos da mãe! – Ela dizia.
- Uhum... – Nathan compreendeu – E o que você tem em mente?
Savanna sentou-se na cadeira da escrivaninha de Nathan, enquanto o menino sentou na cama.
- Eu pensei em inovar, sabe? Todas minhas festas são iguais... Eu pensei em ter alguma banda tocando... – Savanna mostrava suas idéias, maravilhada.
- Ah, boa... – Nathan realmente tinha gostado – Mas, que banda?
- Eu não queria nenhuma banda famosa... Eu queria uma banda que ninguém conhecesse... – Ela dizia, olhando para algo que Nathan não conseguia ver. – Eu queria... Uma banda de garotos tipo... Você! – Ela disse, certa.
- Eu? – Nathan apontou a si mesmo – Savanna, menos, bem menos!
Savanna ficou de pé, e deu um gritinho.
- É ISSO! – Ela disse sorridente – Nathan, você não me disse que tem uma banda, escondido do pai e da mãe?
- Banda de garagem Savanna, a gente toca só por diversão... – Nathan explicava.
- E daí?! Vocês poderiam tocar na minha festa! – Savanna adorava mais a idéia a cada palavra.
- Savanna, sem chance! – Nathan disse sério.
- Aaah... – Ela fez bico.
Nathan detestava o fato de ser tão influenciado pela irmã mais nova.
Ele fazia tudo o que ela queria.
- Tá Savanna, tá bom! – Deu-se por vencido – Mas você fica me devendo uma!
- Eu te amo, Nathan! – Ela disse, jogando-se em cima do irmão, que riu.
- Mas oh, nossa banda toca rock... E não temos músicas próprias... – Nathan explicava.
- Tudo bem! Não tem o menor problema! – Savanna dizia – Então, converse com os outros integrantes... Já tenho a minha banda! – Ela disse feliz.
Nathan riu. Ele amava ver a irmã feliz.
- Era só nisso que você queria que eu ajudasse? – Perguntou .
- Não. Bem, lugar, decoração e tema, a mãe já resolveu, tanto que o salão já está todo arrumado. Já arrumei a banda, os convites foram entregues na semana passada... – Savanna dizia mais a si mesma, do que à Nathan – Bem, acho que agora falta apenas minha roupa... Nathan, eu preciso estar perfeita! – Ela dizia preocupada.
Nathan riu.
- Savanna, você já é linda. Sem drama, ok? Aliás, qual vai ser o tema da sua festa?
Savanna sorriu.
- Máscaras! Baile de máscaras! E o tema... Vai ser meio que cabaré, entende? – Ela sorriu encantada. Mas seu sorriso murchou - É sério Nathan! Eu sou a aniversariante, preciso estar linda, ofuscar qualquer outra garota presente! E... Você pode me ajudar!
- Ah não, compras não! – Nathan disse sério.
- Por favor... – Savanna fez o maldito biquinho de novo.
- Tá Savanna! – Mais uma vez, deu-se por vencido – Deixa eu me trocar então! Me espera lá em baixo!
- Ok! – Savanna saiu do quarto do irmão saltitando.
Nathan era o melhor irmão do mundo, fato.

- Alex... Que surpresa! – Hunter disse, ao deparar-se com o amigo, parado no meio da sua sala.
Hunter estava com o rosto um pouco amassado, porque ainda dormia quando Alex chegou.
A empregada o acordou, avisando que tinha um amigo o esperando na sala.
- Desculpa te acordar cara... Mas é que eu precisava conversar com alguém, e você foi o primeiro que me veio a mente. – Alex disse, visivelmente aflito.
Hunter arqueou uma sobrancelha e sentou no sofá, fazendo sinal para que Alex fizesse o mesmo.
- O que houve? – Perguntou.
Alex respirou fundo.
- É a Savanna...
Hunter respirou fundo. Odiava quando Alex pedia conselhos sobre Savanna, a ele.
Por Hunter e Alex serem tão amigos, Hunter sabia tudo o que se passava no namoro dos dois.
As vezes ele preferia não saber, mas também, tinha coisas que valiam a pena.
Saber que Savanna continua ‘intocável’ é uma delas.
- Você vai terminar com ela? – Hunter perguntou, escondendo aquela gota de esperança que ele tinha.
Seria uma coisa boa, Alex terminar com ela.
Alex riu.
- Não, não mesmo. – Ele disse sério.
Hunter respirou fundo. Não foi dessa vez, McQueen.
- Então o que foi? – Perguntou.
Alex respirou fundo. A empregada dos McQueen estava na sala, servindo o café na mesinha de centro.
- Eu... Eu acho que a Savanna... Sei lá, ela anda muito distante, sabe? – Ele começou.
- Como assim distante? – Hunter pegou uma das bolachinhas da bandeja.
Savanna distante com Alex? Até que não parecia ser ruim.
Hunter era um cretino – segundo ele próprio. Alex é seu amigo.
Que tipo de amigo ele era?
O tipo de amigo que é apaixonado pela namorada dele.
- Sei lá... Tipo, quando estamos sozinhos, ela é a melhor namorada do mundo sabe? Fazemos de tudo, menos aquilo... – Alex contava.
- Hum... – Hunter ouvia, enquanto pegava outra bolachinha.
- Mas, quando estamos com outras pessoas... Ela fica distante, sabe? Ela fica aérea ao que eu falo, parece que ela não fica confortável comigo, entende? – Alex dizia, pegando uma xícara de café.
Ele deu um gole e devolveu fazendo careta. Ele odiava café.
- Outras pessoas? Quem por exemplo? – Hunter perguntou, e pegou outra bolachinha.
Cara, aquelas bolachinhas eram boas!
- Ah... – Alex pareceu pensar por um momento – Geralmente, vocês.
Hunter rolou os olhos e riu.
- Alex! Claro que ela vai ficar mais ‘na dela’ quando está perto do irmão, do primo e de um amigo da família! – Hunter dizia como se fosse a coisa mais óbvia da família.
Alex entortou a boca.
- Não sei não...
- Alex, deixa de ser inseguro, deixe esse papel com ela! Ela te ama, cara! – Hunter dizia aquelas palavras que o machucavam – Você acha que se ela não te amasse, ela estaria a dois anos com você?
Alex sorriu de lado.
Porém, esse sorriso desapareceu.
- Dois anos, e nunca transamos... – Ele disse.
- Alex, desde quando sexo é prova de amor? – Hunter perguntou sério.
- É prova de confiança. – Alex disse.
- Cala a boca! – Hunter disse rindo – Eu fico com garotas que nunca vi na vida, e quando transo com elas não é porque as amo ou confio nelas. É porque eu senti vontade.
- Mas... Ah... – Alex estava confuso.
- Alex, deixa disso cara! Ela te ama, dá pra ver! – Hunter dizia. – Pára de colocar merda na sua cabeça e curte a namorada que tem!
Alex sorriu. Hunter era o melhor cara pra isso.
- Tem razão...
- Claro que tenho razão! – Hunter disse. E mais uma bolachinha. – Vai procurar um presente pra ela, vai. Amanhã aquela coisa faz dezessete anos, mais precisamente no domingo, mas enfim, a festa é amanhã! – Hunter riu da própria confusão - E sabemos como ela é enjoada para presentes...
Alex riu ao ver como Hunter se referia a prima.
- Ok... – Alex ficou de pé – Valeu Hunter... Eu fico confuso, entende? Obrigado por me ouvir!
Hunter ficou de pé, e deu tapinhas nas costas de Alex.
- Que isso! – Ele respirou fundo – Ela te ama, só pensa nisso.
Alex sorriu e assentiu com a cabeça, ele estava se virando para ir embora, quando sentiu o celular vibrar.
Resolveu atender ali mesmo.
- Oi? – Ele atendeu – Aham... Pode falar mãe. – Hunter apenas ouvindo – Como assim? Mãe tem a festa da S. e... Ah... Ok, Beleza, eu converso com ela... Tá, tá. Outro. – Desligou.
Alex jogou-se no sofá novamente.
- O que houve, cara? – Perguntou Hunter.
Alex respirou fundo.
- A minha tia, da França... Tá mal, cara. Não passa desse final de semana... E minha mãe quer que eu vá pra lá com ela... Pra vê-la antes dela morrer... – Alex disse desanimado.
- Oh, meus pêsames. – Hunter adiantou.
Alex deu de ombros e levantou-se.
- Bem, vou avisar a S.... Antes vou ver se passo na joalheria, comprar algo pra ela... Enfim, valeu Hunter! – Alex acenou.
- Vai lá cara, boa sorte. – Hunter disse, sem se mexer.
A empregada o levou até a porta, e Hunter voltou a sala e continuou comendo suas bolachinhas.
Ele olhou para a porta e respirou fundo. É, Savanna o amava, por qual outro motivo ela ficaria com Alex por dois anos?
Hunter nem podia imaginar.

- Nathan, decida-se! É o sétimo vestido que eu coloco e você diz que ficou maravilhoso! – Savanna dizia, olhando-se no espelho com um vestido vermelho.
- Mas é que você fica linda em todos... – Nathan irmão coruja Meester, disse.
S. mandou um beijo ao irmão, e continuou se olhando.
Nathan rolou os olhos, e viu que o celular da irmã tocava.
- S., tá tocando! – Nathan disse, apontando o celular.
- Atende. – Savanna disse, entrando novamente no provador.
Ele não olhou no identificador, e atendeu.
- Alô? – Ele disse.
- Nathan? – Uma voz familiar disse do outro lado da linha.
Nathan sorriu involuntariamente. Já estava com saudades.
- Hanna! – Ele disse alegre – Hei menina, como está?
Ele ouviu a menina rir.
- Bem, na medida do possível... E você? – Ela perguntou.
- Bem! – Respondeu animado – E aí, volta quando? – Ele prolongou a conversa.
- Era sobre isso que eu queria conversar com a S.... Acho que não vou voltar a tempo da festa... – Hanna disse, visivelmente chateada – Aliás, onde está?
- No provador. Está experimentando o oitavo vestido... – Ele disse rindo.
Hanna também riu.
- Bem típico da Savanna. – Ela disse e Nathan concordou.
- Ah... Savanna vai ficar chateada de não ver você na festa... – Nathan disse.
Na verdade, ele ficaria mais chateado do que Savanna, mas isso não vem ao caso.
- E eu? – Hanna suspirou – Eu vou ver o que consigo fazer... Melhor não dizer isso a ela. Se eu conseguir voltar a tempo, passo na festa!
- Combinado! – Nathan sorriu.
Os dois ficaram em silêncio no telefone.
A menina respirou fundo.
- Bem Nathan, terei de desligar... Beijo. – Ela disse.
Nathan sorriu idiotamente.
- Outro. Até amanhã. – Ele disse.
Ouviu Hanna rir, e desligou o celular.
Nathan já não conseguia mais disfarçar, era completamente apaixonado por Hanna, melhor amiga da irmã.
Ela também gostava de Nathan, Savanna sabia disso, mas a pedido da amiga, nunca contou ao irmão.
Savanna não entendia porque eles não estavam juntos, já que se gostavam.
- Quem era? – Savanna perguntou, agora vestindo um modelo branco.
- Hanna. – Nathan sorriu.
- Ela vem? – S. perguntou animada. Sua amiga tinha que estar em sua festa!
- Não... – Nathan disse chateado.
- Droga. – Savanna reclamou – Bem, e este? – Apontou para o vestido que usava.
- Prefiro o anterior, mas esse ficou lindo também! – Nathan disse.
Savanna rolou os olhos e voltou para o provador.
A ligação de Hanna serviu como estimulante para Nathan, do contrário, ele não teria paciência de esperar Savanna provar mais quinze vestidos.

Mais ou menos duas horas depois Savanna tinha se decidido. Ficou com um modelo preto acima dos joelhos – bem acima dos joelhos, diga-se de passagem – e já sabia a máscara que usaria.
Nathan tinha aprovado o modelo, até porque se ele não aprovasse, Savanna não o levaria.
É, a opinião do irmão contava muito.
- Eu preciso de uma pulseira... E um colar! – Savanna dizia baixinho.
Nathan já estava exausto, e enjoado. Enquanto ele esperava Savanna, comprou três milk-shakes e dois Big Mac’s. Ele não era do tipo ‘adolescente saudável’.
- Você não vai comprar hoje, vai? – Nathan perguntou incrédulo.
Se ela demorou quase quatro horas pra escolher um vestido, Deus sabe quanto tempo ela demoraria pra escolher um colar e uma pulseira.
Savanna riu.
- Não, eu sempre ganho de presente do pai! – Ela disse sorrindo, imaginando as jóias que o pai compraria.
Para quem não a conhecesse, Savanna seria a perfeita adolescente fútil que não sabe como gastar dinheiro.
Quem a conhecia sabia que, ela foi criada assim e não tinha culpa.
- Então vamos, eu estou exausto cara! – Nathan disse, pegando na mão da irmã.
Savanna sorriu, e os dois foram em direção ao carro, que estava no estacionamento do shopping.
Eles dispensaram o motorista – Nathan detestava toda essa coisa de motoristas e limusines – e foram no carro de Nathan. Um modelo esportivo conversível.
Savanna – ao contrário do que pensavam – não se importava em desmanchar o penteado quando Nathan abaixava o capô. Adorava o carro do irmão por sentir o vento no seu rosto.
Ela sentia-se em um filme adolescente.
- Liga o som, Nathan! – Pediu.
Nathan não demorou e ligou. Estava tocando Sum 41. Savanna ergueu os braços e começou a cantar ‘Still Waiting’ aos berros.
Graças a Nathan, ela tinha bom gosto musical.

- Você canta pior do que a Marly! – Nathan disse rindo, referindo-se a cozinheira, quando chegaram em casa.
Marly sempre cantava Queen enquanto cozinhava. Parecia até que ela incorporava o Freddie Mercury. Nathan diz que já a viu dançando como o ex-vocalista.
- Não exagera! – Savanna disse, deixando a sacola com o vestido no sofá, e jogando-se nele.
Ela também estava exausta.
- Hei! – Alex voltava da cozinha, segurando um copo de capuccino.
Alex detestava café, mas gostava de capuccino.
- Alex? – Savanna perguntou surpresa.
Alex tinha essa intimidade. Quando ele ia à casa de Savanna e ela não estava, sempre a esperava lá.
Mais precisamente na cozinha, conversando com Marly.
- Amor, precisamos conversar... – Alex disse sério, sentando ao lado da namorada.
- Eu vou subir. Qualquer coisa, gritem! – Nathan disse, jogando as chaves do carro na mesinha de centro, e indo em direção a escada.
Savanna ignorou o irmão e olhou o namorado. Realmente Alex não parecia estar brincando.
- O que aconteceu? – Ela perguntou séria.
Alex respirou fundo.
- Houve um imprevisto e... Eu vou ter que ir pra França com minha mãe hoje... Ficarei o final de semana lá. – Ele disse sério.
- AH! – Savanna exclamou, desapontada.
Como assim seu namorado não estaria presente em sua festa de dezessete anos?
- Eu sei, eu também estou chateado... Parece que a minha tia, irmã do meu pai, está realmente mal. Meu tio acha que ela não passa desse final de semana. Minha mãe acharia desumano eu não ver minha tia antes dela... – Alex deu um gole em seu capuccino. Ele não conseguia terminar a frase.
Savanna sentiu o chão desaparecer.
Ok, não era pra tanto, mas pra ela, era!
Sabemos que ela não ama Alex, nem nada do tipo, mas ela gosta dele e... Queria que ele estivesse presente em um momento importante como aquele.
- Eu estaria sendo egoísta se pedisse pra você ficar... – Savanna disse depois de um tempo. Ela realmente ficou sensibilizada pela situação.
Alex deu um selinho na menina.
- Mas eu não esqueci do seu presente... – Ele disse sorrindo.
Savanna sorriu também.
- Alex, sua tia está morrendo e você se preocupa com presentes! – Ela disse sincera.
Viram só? Ela não é tão fútil.
- S., fica quieta! Você é minha namorada, e eu não faço mais que minha obrigação! – Ele disse sorrindo tirando de dentro do bolso do casaco, uma caixinha preta.
Os olhos de Savanna brilharam.
- Eu sei que a tradição é, seu pai lhe dar a jóia que você usa no seu aniversário mas... Como eu não estarei aqui, tomei a liberdade de comprar. – Alex disse, abrindo o estojinho preto.
Savanna ficou eufórica.
- Oh meu Deus! – Savanna olhou a jóia que o namorado comprara – É o colar Erickson Beamon! – Ela disse estupefata. [N/A: Sim meninas, o colar que o Chuck dá pra Blair no EP 8 :D]
Alex simplesmente sorriu, e o tirou da caixinha, colocando-o no pescoço da namorada.
- Eu... Eu não posso aceitar! – Ela disse sincera.
Alex deu um beijo na namorada.
- Sem essa! Eu comprei pra você! É pra compensar o fato de estar ausente no seu dia. – Ele sorriu – E esse colar foi feito pra você!
Savanna abraçou Alex com força.
Não era pelo fato de ter ganho uma jóia como aquela, e sim pelo fato dele se importar tanto com ela. Alex era perfeito, simplesmente perfeito.
- Eu te amo! – Ele disse mais uma vez, segurando o rosto da namorada nas mãos.
- Eu também! – Ela disse, e deu um selinho nele – Você é o melhor namorado do mundo! – Riu.
Alex sorriu e a beijou.
Beijaram-se durante vários minutos. Era como se Alex quisesse guardar o beijo dela, para aproveita-lo na viagem.
Porém, o beijo foi interrompido pelo celular do menino, que vibrava.
- Eu tenho que ir amor. – Ele disse sério, depois de ler a mensagem. Alex ficou de pé, e Savanna também – Mais uma vez desculpa e... Eu te ligo!
S. sorriu e abraçou forte o namorado.
- Obrigada. – Ela agradeceu.
Alex a beijou novamente e saiu da casa dela.
Savanna sentou-se no sofá sorrindo boba. Alex era perfeito.
Por que não conseguia gostar dele, como gosta de Hunter?
Ela pegou o vestido e o colar, e levou-os para seu quarto.
Amanhã seria seu dia. Com ou sem Alex.

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Capítulo 1 – All My Loving.

Savanna se arrumava na frente do espelho para mais um daqueles jantares família que tanto odiava.
Eram sempre as mesmas coisas, os mesmo assuntos, as mesmas pessoas... A única coisa que mudava, era o motivo do jantar.
Esse, era para comemorar os dezoito anos de casados de seus pais.
Aquilo a enchia.
Ela colocou o vestido azul que sua mãe deixou sobre sua cama, e começou a fazer a maquiagem. Nada muito forte, afinal, era apenas o jantar de família, mas ela tinha obrigação de ficar linda.
Não que isso fosse difícil.
Sentiu falta de Hanna, sua melhor amiga, que estava no País de Gales, no velório de sua avó.
O barulho lá embaixo já estava ficando insuportável. Ela estava demorando demais para se arrumar, e o jantar já tinha começado a um bom tempo. 

- Hei! – Alex abriu a porta do quarto da menina e entrou, ficando encostado no batente.
Savanna sorriu.
- Hei! – Ela sorriu, continuando a se arrumar.
Alex insatisfeito com a recepção, fechou a porta atrás de si, e abraçou a menina pelas costas. Ela sorriu.
- Você está maravilhosa! – Ele disse, dando um beijo na ponta da orelha da menina.
Savanna sorriu e passou a mão no cabelo de Alex, ainda de costas pra ele.
- Obrigada! – Ela agradeceu, e virou-se pro menino.
Alex estava com uma calça simples, mas com um suéter vermelho lindo. Seu cabelo estava arrumado, e sua franja caía levemente nos olhos. Ela pôde sentir o perfume que ele usava. Como ela amava aquele cheiro.
- Você também está lindo! Eu adoro esse suéter! – Ela disse sincera.
- E eu adoro esse vestido! Sou obrigado a admitir que minha sogra, desenha melhor que minha mãe! – Ele admitiu, referindo-se a mãe de Savanna, que é uma estilista bastante requisitada em Londres. 

Savanna e Alex namoravam a dois anos, e a cada dia que passava, Alex se apaixonava mais pela menina.
Apesar de seus poucos dezessete anos – no caso de Savanna, ainda dezesseis – Ele já sabia que era com ela que queria passar o resto de sua vida.
Definitivamente, ele a amava.
Savanna porém, não amava Alex do mesmo jeito. Na verdade, ela estava com ele, pelos pais.
Sim, pelos pais.
A mãe de Savanna, e a mãe de Alex eram donas de um império, no ramo da moda. As duas eram estilistas e sócias.
Já o pai de Savanna, cuidava dos negócios da família Romanov, já que Alex era órfão de pai.
Quando começaram a sair, Joanna – sua mãe – colocou na cabeça de Savanna, que ela tinha que ficar com Alex ‘pelo bem da família’.
Não que fosse um sacrifício, já que Alex além de lindo – sim, ele era um dos garotos mais bonitos de toda Londres – ele era um doce de pessoa, fazia de tudo para ver Savanna bem. Mas mesmo assim, ela sentia-se mal por não sentir o mesmo que ele sentia por ela.
- Bobo! Sua mãe desenha maravilhosamente bem! – Savanna disse.
Era verdade.
Alex deu de ombros, e Savanna virou-se novamente para o espelho, agora arrumando seu cabelo.
Ela deixou-os soltos, formando cachos no meio das costas. Terminando o cabelo, borrifou nos pulsos o doce perfume que usava, e virou-se para o namorado, que a olhava sorridente.
Sem demora, Alex a puxou para mais perto, a beijando como se não a visse a anos.
Savanna gostava desse jeito imprevisível de Alex. Ora com beijos quentes e rápidos, ora com beijos delicados.
- Acho bom descermos. Sabemos como Evrie é pervertido! Sabe Deus os comentários que ele pode fazer se demorarmos! – Savanna disse rindo, passando a mão pelo rosto do namorado.
Alex riu.
- Ficaria feliz se realmente acontecesse alguma coisa... – Alex disse baixinho.
Savanna ouviu, e deu um tapa no braço do menino.
- Vou fingir que não ouvi esse seu comentário, Romanov! – Ela disse rindo, enquanto Alex fingia sentir dor no local atingido pela namorada.
Ele deu um selinho na menina, e de mãos dadas, saíram do quarto e seguiram para a sala de jantar.
A casa de Savanna vivia cheia. Joanna e Robert eram famosos também pelas festas e jantares que davam, por isso, não saíam das colunas sociais; porém Savanna ficou surpresa ao ver a quantidade de pessoas presentes.
A quantidade de convidados, e a quantidade de empregados.
Garçons segurando bandejas de champanhe desfilavam pela sala, a sala estava enfeitada com rosas colombianas, e uma música suave tocava de fundo.
Estava tudo perfeito.
Joanna e Robert estavam conversando com a mãe de Alex, Audrey.
- Vamos procurar os caras? – Alex sugeriu.
- Pode ser... – Savanna deu de ombros, e ainda de mãos dadas, eles saíram em direção à piscina.
Sabiam que os filhos dos casais convidados, estariam ali.
Realmente, a área da piscina estava cheia de adolescentes. Todos filhos dos convidados de Joanna e Robert.
Savanna detestava algumas pessoas ali, por exemplo, Rachel, filha do casal White.
- Uau! – Savanna e Alex ouviram uma voz familiar exclamar.
Savanna apenas riu, e virou-se, dando de cara com o irmão, Nathan, sorrindo e com os cabelos bagunçados.

Apesar de um pouco largado, ele estava lindo. Ele vestia um casaco preto, simples; uma calça apertada e all star. Nathan fazia o estilo rockstar rebelde. Joanna em uma de suas crises, queimou todas essas roupas de Nathan, obrigando-o a usar roupas decentes. Não levou uma semana para que Nathan enchesse seu guarda-roupas novamente. Savanna adorava o estilo de Nathan.
- Veja só se não é meu irmão mais lindo! – Savanna disse manhosa, pendurando-se no pescoço do irmão.
Alex ria. Ele adorava o relacionamento de Savanna e Nathan.
- Será que é porque sou o único, sua cretina? – Nathan disse rindo, beijando o topo da cabeça da irmã.
S. deu a língua, e voltou ao lado do namorado.
- E aí, quem já chegou? – Savanna perguntou.
Nathan levou a taça de champanhe que segurava a boca, e deu uma olhada.
- Os White, os Black, os Carlisle... – Nathan dizia.
- Quem de interessante chegou? – Savanna reformulou a pergunta.
Alex pegou duas taças de champanhe quando o garçom passou por eles. - Ah, os Evrie, e os nossos tios... – Nathan deu de ombros, dando outro gole em sua champanhe.
Savanna sentiu o estômago revirar.
Seus tios tinham chegado.
- S.? – Alex perguntou, ao perceber que a namorada não notou a taça estendida pra ela.
Savanna sorriu, e deu um longo gole em sua bebida.
Nathan acenou para Chris, que estava conversando com a filha do casal Black.
Chris falou alguma coisa à garota, e se dirigiu ao grupo.
- Alex, se não fosse sua mãe, eu juro que investia! – Chris disse, colocando a mão no ombro do amigo, que riu.
- Oi pra você também, Evrie! – Savanna disse, acenando para o amigo.
Chris deu um beijo em cada lado do rosto de Savanna, e sorriu.
Chris Evrie, o único filho do casal Evrie, outro grande nome da cidade. Eles eram donos de condomínios populares. Por ser filho único, Chris era um pouco fútil, mas nada que o tornasse insuportável.
Ele vestia um suéter de cashmere verde musgo, e o cabelo arrumado perfeitamente.
Chris tinha o sorriso mais bonito da festa, e todas as garotas presentes pareciam notar.
- Vou ignorar seu comentário! – Alex disse rindo.
- Que comentário? – Outro garoto juntou-se ao grupo.
Savanna deu outro gole em sua bebida, quando ouviu a voz dele.
- O Chris quer dar uns pegas na mãe do Alex! – Nathan disse rindo, dando de ombros.
- Sua mãe também tá boa, Hunter! – Chris comentou rindo, enquanto Hunter ria, e balançava a cabeça.
- Meu pai também acha! – Hunter disse.
- Você já viu o tamanho do meu tio, né?! – Nathan perguntou rindo, à Chris.
Chris deu de ombros.
- Alex, como você ta gay! – Hunter comentou, olhando a roupa do amigo – Ta parecendo o Chris!
- HEI! – Chris exclamou, ofendido.
- Ele ta lindo! – Savanna disse, dando um selinho no namorado.
Alex apenas riu.
- Você é suspeita pra falar, priminha. – Hunter disse, olhando Savanna com desdém.
- Savanna, evite beijar o Alex na minha frente! Isso ainda me incomoda! – Nathan disse, fingindo seriedade.
Hunter forçou um sorriso, mas somente ele sabia que era um sorriso forçado.
Hunter McQueen, primo de Savanna e Nathan. O pai de Hunter, é irmão de Joanna.
Como Hunter odiava isso. Odiava ser primo de Savanna.
- E aí, já sabem o que vão fazer no final de semana? – Chris perguntou, pegando uma taça de bebida quando o garçom passou por eles novamente.
- Já. Meu aniversário. – Savanna disse, como se fosse a coisa mais óbvia do mundo.
Hunter rolou os olhos.
- Falou o centro do universo. – Ele disse, passando a mão pelo cabelo, com o fim de desarruma-los.
Ele vestia uma camiseta branca social, e por cima um blazer preto. Vestia uma calça jeans simples, mas estava perfeito.
Savanna se odiava ao ter que concordar.
- Você não se cansa de ser insuportável, Hunt? – Savanna perguntou séria.
Hunter riu.
- Tem certeza de que, eu sou o insuportável da história? – Ele perguntou, olhando fixamente nos olhos da prima.
Savanna ia responder alguma coisa, mas Alex a abraçou.
- Parem vocês dois! – Alex disse – Vocês não podem se encontrar que já começam a discutir!
- É ele! – Savanna disse, apontando o primo.
Hunter rolou os olhos.
- Você conhece a namorada que tem! – Hunter disse.
- O que quis dizer com isso? – Savanna perguntou.
Os dois ficaram se encarando durante alguns instantes. Por um momento esqueceram que estavam brigando.
- Eu... – Hunter já não sabia mais o que dizer.
- Olha só, o jantar vai ser servido! – Nathan disse, apontando dentro da casa.
- Vamos. – Alex disse, beijando o pescoço da namorada, e guiando-a pra dentro da casa.
Nathan os seguiu, e Hunter e Chris ainda ficaram lá fora.
Chris respirou fundo.
- Você não me engana. – Chris disse sério.
- Que? – Hunter perguntou, depois de tirar os olhos de Savanna e Alex.
Chris deu um gole em sua bebida e arrumou o suéter.
- A Savanna. Ela mexe com você.
- Ah, cala a boca Evrie! Não pode beber duas taças de champanhe que já sai falando merda... – Hunter disse, deixando o amigo sozinho, e entrando na casa.
Chris deu de ombros e o seguiu.
Chris tinha razão. Savanna mexia com Hunter, muito pra falar a verdade.
Ele se odiava por isso! Primeiro: ela é sua prima. Segundo: namora Alex Romanov, um de seus melhores amigos.
Terceiro: ela o odiava. E ele tinha que fingir sentir o mesmo.
Sempre que se encontravam, discutiam. Ele até gostava, adorava ver a cara dela quando nervosa, mas no fundo, queria dizer a ela que, ela não é nenhuma garotinha fútil – como ele mesmo diz. Queria poder dizer a ela todas as qualidades que ele via nela.
Queria dizer que, desde os onze anos ele a ama, mas que nunca disse por nada por serem primos.
Hunter sentou-se bem longe de Savanna e Alex. Era torturante ver os dois, sempre juntos; ver Alex a beijar toda hora.
Imediatamente Hunter lembrou-se de quando tinham onze anos. Eles brincavam sozinhos na borda da piscina da casa de seus avós.
Hunter empurrou Savanna na piscina, e a menina fingiu que se afogou. Preocupado, Hunter pulou na piscina para salva-la. Savanna começou a rir quando o menino colocou-a na borda, e ele ficou bravo. Depois, ao ver a menina rindo daquele jeito, ele não agüentou e começou a rir também.
Sem que percebessem, foram se aproximando, e ambos deram o primeiro beijo.
Claro que nenhum dos dois sabiam que eram o primeiro beijo do outro, mas foi especial. Para os dois.
Hunter sorriu sozinho ao lembrar disso.

Savanna do outro lado da mesa, sentia exatamente a mesma coisa.
E sentia-se mal por estar com Alex, pensando em outra pessoa: no primo.
Ela sorriu ao ver que o menino ria depois de Nathan escrever alguma coisa em um guardanapo, e jogar nele.
Ah se Joanna visse o comportamento do filho à mesa...
Voltando a Hunter; o sorriso do garoto era irresistível.
Savanna não conseguia vê-lo sorrir daquela forma, e não sorrir também.
- Amor, passa o sal pra mim? – Alex pediu baixinho pra namorada, colocando a mão na perna dela, por debaixo da mesa.
Savanna forçou um sorriso, e passou o sal ao namorado.
Apesar de Alex ser o homem mais perfeito do universo, era impossível sorrir totalmente, tendo Hunter no mesmo lugar.
De canto de olho, Savanna olhou para o primo, que também a olhava.
Por um momento, os dois se encararam, mas Hunter olhou para seu prato, e Savanna, voltou a olhar para o lado.

No geral, o jantar foi um sucesso.
Depois de todos servirem-se, Robert fez um pequeno discurso sobre como era maravilhoso passar dezoito anos do lado de Joanna, que fingiu chorar. As pessoas aplaudiram, e voltaram à sala, para as últimas bebidas.
Os garotos ficaram em um canto afastado da sala, sentados em almofadas.
Savanna por estar de vestido, estava com uma almofada no colo também.
- Você podia dormir em casa hoje, né? – Alex disse baixinho, no ouvido de Savanna.
Savanna sabia perfeitamente o que Alex queria dizer com isso. Apesar de namorarem a um tempo, eles nunca transaram. Sempre que Alex tentava alguma coisa, Savanna dizia que ainda não estava pronta.
Alex sempre a respeitou, e nunca a traiu. Isso era outra prova de amor: que homem consegui ficar dois anos sem nada?
Porém, sempre que podia, ele tentava alguma coisa.
- Alex... – Ela o censurou, rindo.
Não deixava de ser engraçado.
Alex, vendo que não conseguiria nada – pelo menos naquela noite – riu alto, e abraçou a namorada apertado, fazendo-a reclamar de dor.
Hunter rolou os olhos.
- Então, vocês virão pra festa de aniversário da S., né? – Nathan perguntou, girando o líquido de dentro do seu copo.
- Claro! Savanna tem amiguinhas bem hots! – Chris disse, mordendo o lábio inferior.
Nathan riu, e Hunter continuava olhando Savanna e Alex de cara fechada.
- McQueen? – Nathan estalou os dedos na cara do primo, que fingiu que nada acontecia. – Ta aí cara?
- O que você falou? Nem prestei atenção... – Hunter disse, dando um gole na sua bebida.
Ele precisava de algo mais forte.
- Se você vai vir na festa da S.... – Nathan repetiu.
Savanna parou de conversar com Alex. Aquele assunto a interessava.
- Não. – Ele disse simplesmente.
Savanna não escondeu o desapontamento. Ou melhor, escondeu.
- Como se eu tivesse convidado! – Ela disse, rolando os olhos.
Hunter olhou para a prima com os olhos semi-cerrados.
- Pois nem se tivesse convidado eu viria. Não há nada que me interesse em uma festa de aniversário de dezessete anos... Ainda mais, sua! – Hunter disse, olhando para a prima.
Savanna abriu a boca, mas não saiu nenhum som.
Ela simplesmente não sabia o que dizer.
- Eu te odeio, Hunt! – Ela disse séria, fuzilando-o com os olhos.
Hunter deu um sorriso de canto – e que sorriso, diga-se de passagem.
- Estamos quites! – Ele disse sorrindo, dando um gole em seguida, em sua bebida.
Savanna ficou de pé.
- Alex... Vamos pro meu quarto? Essa festa já me encheu! – Ela disse séria.
Alex sorriu sem perceber. Ele ainda tinha esperanças.
- Claro. – Sem demoras, ele também se levantou.
Hunter acompanhou os dois saindo da sala com os olhos.
Ótimo Hunter, agora eles vão ficar sozinhos e sabe Deus o que vão fazer!
Nathan e Chris se entreolharam. - Pegou pesado, cara! – Chris disse à Hunter.
Hunter virou-se lentamente pra Chris, com uma cara nada amigável.
- Não está mais aqui quem falou. – Chris disse, erguendo os braços.
Nathan porém, sentou defronte ao primo.
- Você e a Savanna são dois imbecis! Parece que vocês têm doze anos de idade! – Nathan disse sério.
Por ser o mais velho, era ele sempre quem ‘puxava a orelha’ dos demais.
Nem sempre isso era bom, mas ele achava-se maduro.
- Nathan, não começa! – Hunter pediu, rolando os olhos.
O fato de Savanna e Alex estarem sozinhos no quarto dela, o atormentava.
E saber que isso acontecia por sua culpa, não ajudava.
- É sério, Hunter! Cara, somos primos! Eu e você nos damos bem, por que não, você e ela? – Nathan dizia.
Chris concordava com a cabeça.
O medo que ele tinha de Hunter, o impedia de dizer qualquer outra coisa.
- Porque ela é uma garotinha fútil que se acha o centro do universo. Apenas por isso. – Hunter disse, dando de ombros.
Nathan entortou a boca.
- Eu sei que sou meio suspeito pra falar... Afinal ela é minha irmã e... Hunter, dê uma chance a ela de mostrar que não é assim! Eu sei que, no fundo você sabe como ela é de verdade! – Nathan disse sério.
Hunter ficou em silêncio.
Realmente, ele sabia como Savanna era de verdade.
Aliás, eles só começaram a brigar toda vez que se viam, por causa de Hunter. Desde que percebeu que a amava, começou a trata-la mal, como se com isso, deixasse de gostar dela.
Doce ilusão.
- Que seja. – Hunter deu de ombros, dando-se por vencido.
Nathan e Chris sorriram.
- Então você vem a festa? – Chris perguntou.
- Não fui convidado. – Hunter disse simplesmente, dando outro gole em sua bebida, que já estava quente.
Nathan deu um pedala – bastante forte – no garoto.
- Ouch Meester! – Reclamou.
- Você vai mesmo levar em consideração o que a minha irmã fala de cabeça quente? Você sabe que é mais que convidado. Não só dela, como meu! – Nathan disse, como se fosse a coisa mais óbvia do mundo.
Hunter sorriu involuntariamente.
- Que seja... Só virei porque não tenho nada mais interessante pra fazer no sábado! – Hunter disse, dando de ombros.
Nathan sorriu convencido.
Realmente, o poder de persuasão de Nathan Meester era realmente bom.

Savanna e Alex entraram aos beijos no quarto.
Apesar de Alex ter plena consciência de que nada aconteceria naquela noite, ele queria aproveitar esse momento sozinho.
E não queria desperdiçar a chance de tentar.
Sem parar de se beijar, os dois deitaram na cama e conforme eles se beijavam, a mão de Alex deslizava pela perna de Savanna, conseqüentemente levantando seu vestido.
Não era a primeira vez que aquilo acontecia. Savanna e Alex brincavam às vezes. Nada além.
Savanna colocou as mãos por dentro da camisa de Alex, e arranhou as costas do namorado.
Aquilo pareceu despertar o demônio em Alex, já que o garoto colocou a menina por baixo dele, e começou a despi-la com certa velocidade.
Savanna estava gostando, fato. Mas outra pessoa vinha a sua mente quando ela fechava os olhos.
E essa pessoa estava lá embaixo.
- Alex... – Savanna disse, enquanto Alex beijava sua barriga.
Estava bom... Mas era injusto com Alex.
Ela não podia ficar com ele daquele jeito pensando em outra pessoa.
- Alex. – Ela repetiu.
Alex parecia não ouvir.
Com esforço, Savanna o empurrou para o lado, e cobriu-se com o lençol, já que o vestido já estava jogado no chão.
Alex passou a mão no rosto e respirou fundo.
Não foi hoje, Romanov.
- Desculpe... – Savanna não sabia o que dizer.
A única que veio em mente foi o ‘Desculpe’.
Péssima escolha.
Alex, ainda em silêncio, vestiu novamente a camisa.
- Alex... Eu... – Ela realmente não sabia o que dizer.
- Tudo bem. – Ele disse sério, se vestindo.
Apesar dele dizer ‘tudo bem’, suas expressões confirmavam o contrário.
Savanna ficou em silêncio, e Alex se trocou, ficando de pé.
- Melhor eu ir embora... – Ele forçou um sorriso e beijou a testa da namorada – Até amanhã. Te amo.
- Eu também. – Savanna disse quando o namorado a beijou na testa.
Alex acenou, e saiu do quarto da menina.
Savanna xingou-se mentalmente. Alex era perfeito, por que ela não conseguia ir mais além com ele?
Ela vestiu uma camisola, e deitou. Apesar do barulho lá embaixo, decidiu que dormiria.
A noite dela tinha acabado ali.

Quando Alex voltou para a sala – sozinho – Nathan perguntou imediatamente o que tinha acontecido.
- O problema foi esse, cunhado! Nada aconteceu, nada acontece... – Ele disse, visivelmente irritado.
Hunter não evitou outro sorriso.
- Bem, acho bom eu ir embora... Amanhã é sexta-feira e eu ainda tenho coisas a fazer... – Hunter disse, alegre.
Sua noite não foi totalmente perdida.
- Então vou com você. – Alex disse – Bem, até depois Nathan, Chris! – Alex despedia-se.
- Até depois, Romanov! – Nathan despediu-se de Alex – Até depois, primo!
- Até! – Hunter acenou para Chris e Nathan, e saiu na frente. Alex despediu-se de mais algumas pessoas, enquanto Hunter já saía de casa.
Ele ficou olhando a janela do quarto da prima, e sorriu.
- Vamos? – Alex disse, chegando ao amigo.
- Vamos. – Hunter disse.
Os dois entraram no carro de Hunter e saíram.
Por algum motivo, Hunter estava ansioso para sábado.





 Só pra vocês terem um gostinho de como será a fic.

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Conheçam os Personagens.

Essa fic não sera Jemi,mas não que dizer que ela não sera boa ne!?

Savanna Meester



Nathan Meester
 

Hunter McQueen



Hanna Beyker



Chris Evrie




 Alex Romanov


 


Whit Me.

 Fala sobre um casal de primos que por um descuido do destino se apaixonam perdidamente. No aniversário de dezessete anos dela, acontece algo que faz a vida desses dois jovens mudarem repentinamente. Será que essa mudança conseguirá fazer que esse casal apaixonado fique juntos para sempre, ou será que seus pais não irão permitir que esse amor sobreviva?

Gente  eu to viva sei que tem meninas que querem me matar mas eu to aqui taaa pesso mil desculpas por ter parado de postar e espero que vocês não tenham me abandonado :( enfim I'M BACK pra valer mas tem um problema o meu blog ta meio louco ele não quer postar nada to tentando dar um jeito meninas... por isso eu queria a opinião de vcs.Eu termino de postar Jemi-Broken? ou posto a nova fic"QUE PROMETE"? comentem ta bjuuus senti muuitoo a falta de vocês.