domingo, 30 de setembro de 2012

Twenty Seven




I'm here alone, didn't wanna leave
My heart won't move, it's incomplete
Wish there was a way that I can make you understand ♫♪


Acordei com o som batendo em meus olhos, me cegando. Minha cabeça doía absurdamente, parecia que ia explodir e todo meu corpo também estava dolorido. Demorei um momento para perceber que estava no meu quarto embora não fizesse à mínima ideia de como tinha ido parar lá, minha cabeça girava e eu estava confuso. Levantei-me mesmo assim, a casa estava silenciosa demais. Desci as escadas e fui até a sala esperando ver Demi ali sentada, mas quem encontrei foi Peter. Ele estava sentado no sofá, de braços cruzados e uma expressão nada contente no rosto, seus olhos me fulminaram quando se encontraram com os meus.

__Peter?__ esfreguei os olhos para espantar o sono__ o que faz aqui?
__Estava esperando você acordar.
__Onde esta Demi?__ perguntei olhando em volta.
__Foi embora.
__Como assim foi embora?
__Depois que as crianças saíram para ir à escola, ela arrumou as malas e foi embora. Pediu demissão.
Eu o encarei incrédulo, sem entender o que estava acontecendo, isso só pareceu deixá-lo mais irritado.
__Você não lembra não é? Não lembra da merda que você fez ontem?__ ele praticamente gritou. 

Lembrei-me que ontem foi aniversário da morte de Rachel, não lembrava o que tinha feito exatamente, mas concerteza tinha sido ruim, sempre acontecia, todos os anos no aniversário da morte dela, eu saia de mim e fazia uma besteira. Lembrava de ter começado bem o dia, estava me arrumando para ir trabalhar e a porta do nosso antigo quarto estava aberta... Eu entrei, vi tudo lá dentro, fui tomado por uma tristeza que já não sentia a algum tempo, que veio sem explicação, e o resto era tudo um borrão na minha mente. 

__O que eu fiz? O que eu fiz com a Demi?
__Você sumiu o dia inteiro Joseph, o dia inteiro__ ele continuou a gritar__ te procuramos pela cidade inteira, em tudo quanto é bar e não te achamos, fomos até em hospitais com medo de que tivesse feito alguma besteira e se acidentado. Sabe onde te encontramos? Desacordado ao lado do túmulo da Rachel, parecia mais um defunto ou um mendigo do que um homem de negócios com dois filhos.
__O que eu fiz com a Demi?__ voltei a perguntar, o resto não importava__ eu fiz alguma coisa com ela?
__Você não lembra mesmo das coisas que falou pra ela?
__O que eu falei?

__Que o relacionamento de vocês foi um erro, que você tentou, mas não podia ser feliz sem a Rachel, disse que ela não era boa o bastante, você a humilhou, foi isso que você fez, e o pior de tudo é que não entendo porque você fez isso. Você estava bem, estava feliz com uma mulher incrível do seu lado, o que foi que te deu Joe? O que diabos estava passando nessa sua cabeça? Você tem noção de que acabou de jogar a sua única chance de ser feliz pela janela? 

__Eu não...
__Eu não entendo__ ele suspirou__ sinceramente não te entendo.
Fiquei olhando para ele sem saber o que dizer. Pedir desculpas não ia resolver nada e eu nem ao menos conseguia me lembrar do que tinha feito. Imaginei-me dizendo aquelas coisas para Demi, como ela devia ter ficado magoada. Eu prometi que seria diferente dos outros caras que a machucaram e quebrei a minha promessa.
__Você não vai dizer nada?
__Eu não fiz por mal, não fiz de propósito.
__Mas fez mesmo assim... Porque Joe? Você estava indo tão bem, porque isso agora?

__Você não estava feliz? Tudo aquilo que me falou era mentira?__ ele perguntou quando eu nada respondi.
__Eu achei que estava__ murmurei confuso, deixei meu corpo tombar no sofá__ ai eu entrei no nosso antigo quarto, vi todas aquelas coisas, as fotos dela e me senti tão vazio de novo. Tudo aquilo voltou de repente e eu percebi que não tinha superado como pensei, eu só estava... Fingindo todo esse tempo, fingindo que não sentia mais nada.
__Você está ouvindo o que está dizendo?__ Peter riu, mas não tinha achado graça nas minhas palavras__ fingindo... Eu nunca te vi tão bem em toda minha vida. Aquela alegria toda não era fingimento, o problema é que você não se dá uma chance, você não quer esquecer, não quer deixar pra lá, fica se torturando como se a morte da Rach fosse sua culpa ou algo assim. Você tem medo de seguir em frente.
__Isso não é verdade.
__Se não é verdade então porque ainda usa essa aliança Joseph? Porque não se livrou das coisas dela? Porque ainda mantêm aquele quarto intacto? Porque foi beber ontem? Não é que você não esteja feliz, é que você tem medo... Medo de ser feliz sem ela, mas ela está morta Joseph, morta.
__Você não entende.

__Não entendo mesmo, eu... Eu desisto de você, eu juro que cansei__ ele suspirou__ até ontem eu achava que você tinha salvação mas vejo que me enganei. O que você fez com a Demi... Ela saiu daqui arrasada.
__Eu não queria magoá-la.
__Mas magoou. Você precisa se desculpar com ela, talvez e muito talvez, uma mínima possibilidade__ ele deu ênfase no mínima__ ela te aceite de volta e consiga dar um jeito em você. Mas você precisa dar um jeito nessa cara primeiro e pensar no que vai dizer e...
__Eu não vou falar com ela__ o interrompi.
__O que?__ ele me encarou como se eu fosse louco__ como assim não vai falar com ela?
__Eu a magoei, não foi minha intenção, mas magoei assim mesmo. Pedir desculpas pelo que eu fiz não vai melhorar nada, se eu conheço bem a Demi, ela não vai me perdoar. Eu fiz exatamente aquilo que prometi não fazer.
__Joe...
__Esse romance... Foi uma tolice Peter__ levantei-me do sofá__ eu não estava pronto e nem ela. Fizemos um teste e deu errado, o melhor que faço é ficar longe dela, vou estar lhe fazendo um favor. Eu só trago problemas pras pessoas.
__Então você vai desistir dela?

A ideia de não vê-la mais doeu, de não tê-la mais ao meu lado. Mas eu não podia magoá-la mais, eu ainda não estava pronto para um novo amor, eu pensei que podia seguir em frente, mas me enganei. O melhor a fazer era manter a distância, assim eu não machucaria mais ninguém, somente a mim mesmo.
__Eu já tomei minha decisão. 

__Quer saber?__ Peter suspirou, toda a raiva parecia ter sumido e ele parecia simplesmente... Decepcionado__ faz o que você quiser da sua vida Joe, porque eu cansei. Eu tentei ser um bom amigo e te ajudar, mas se você não quer ajuda eu não vou ficar me desgastando atoa, eu... Cansei.
Fiquei olhando enquanto Peter ia embora, só mais uma das pessoas que tanto decepcionei. Ia ser melhor assim, Demi merecia alguém que pudesse amá-la de todo o coração, alguém que a amasse mais que tudo e que não a decepcionaria, e esse alguém não era eu. Eu não podia cuidar do coração dela sendo que o meu ainda estava partido. Cada um ia seguir o seu caminho. 

Passei a manhã no meu escritório encarando as paredes, minha cabeça doía demais para que eu tentasse me distrair trabalhando, e estava me sentindo alerta apesar da ressaca para conseguir voltar a dormir. Meus pensamentos me atormentavam, minhas dores, duvidas e culpa, senti-me tentado a beber como fiz no dia anterior, a beber ate que a dor sumisse e nada mais me importasse, assim como me senti tentado a levantar e ir atrás de Demi, a pedir que ela me perdoasse pelas coisas que disse, que me perdoasse por tê-la magoado, mas fazer isso seria covardia, eu só quebraria o coração dela de novo e ela merecia mais que isso, ela era boa demais para mim, eu só demorei mais do que deveria para entender.
Quando pensei que minha vida e minha culpa não podia ficar pior, Matthew entrou pela porta do escritório com Manuela logo atrás, correndo para acompanhar seu passo apressado. Elas tinha aqueles grandes olhos arregalados e Matthew estava claramente zangado e indignado, todo o carinho que ela vinha demonstrando para comigo tinha sumido, eu percebi só por aquele olhar.

__Você demitiu a Demi?__ ele perguntou alterado.
__O que? Não, quem foi que te disse isso?
__Quando cheguei da escola Clarissa disse que Demi tinha ido embora, só pude imaginar que você a demitiu.
__Eu não a demiti, ela que escolheu ir embora.
__Por alguma burrice que você fez claramente.
__Olha como fala garoto, eu sou o seu pai, me respeita.
Manuela estava parada ao lado dele nos encarando meio assustada, eu ia levá-la dali para que ela não tivesse que assistir aquela discussão, mas Matthew voltou a falar e suas palavras me deixaram completamente sem ação.
__Te respeitar?__ ele disse como se achasse graça, mas seu olhar era frio__ eu respeitava você. Nunca foi o melhor pai do mundo, mas eu vi que apesar de todas as burradas que fazia você estava se esforçando para fazer seu melhor. Mas depois de ontem__ ele balançou a cabeça e fez uma careta meio de raiva, meio de nojo__ você sumiu o dia todo, deixou todo mundo preocupado, achei até que pudesse ter morrido e quando apareceu em casa estava tão bêbado que nem podia se manter em pé. Ouvi por detrás da porta as coisas horríveis que você disse, vi você vomitando no chão do quarto e chorando feito uma criança... E agora quer eu te respeite?
__Você não entende...

__Você adora dizer isso__ ele trincou os dentes um instante e seus olhos estavam vermelhos, percebi que estava segurando a vontade de chorar__ você perdeu a esposa e eu pedi a mãe. Pensa que não sei como dói? Acha que você é o único que sofre? Você devia ajudar os seus filhos a superar, ao invés disso fica pelos cantos se lamentando e quando finalmente temos uma chance de felicidade, quando finalmente tudo está bem, você vem e estraga tudo.
__Matthew__ eu me levantei da cadeira.
__Nós estávamos bem__ uma lágrima escorreu por seus olhos e seu rosto era uma máscara de fúria__ tudo estava bem e você estragou tudo. A Demi foi embora por sua culpa.
__Foi melhor assim, nosso relacionamento não ia dar certo, foi um erro.
__Foi um erro achar que você podia mudar, que podia agir diferente__ ele acusou__ minha mãe morreu e tudo que eu precisava era de um pai para me consolar, mas só agora eu percebi.
Ele parou um instante, seus rosto estava vermelho e ele tremia um pouco.
__Você morreu também, morreu junto com ela... Não tenho mais um pai faz um bom tempo. O que tive nesses meses foi apenas um fantasma.
__Matt...

__Não me toque__ ele se afastou de mim__ nós estávamos felizes... Você não tinha o direito de arruinar isso, não tinha. 
Ele saiu antes que eu pudesse dizer alguma coisa, bateu a porta com tanta força que estremeci com o barulho. Fiquei encarando a porta do escritório um tempo, sentindo-me completamente vazio, suas palavras doíam como se me tivesse me batido com força na cara, e doíam porque eram todas verdades, mas o que eu podia fazer?
__A mamãe não vai voltar mais?
Olhei para baixo, tinha me esquecido completamente que Manuela estava ali também. Ela tinha lágrimas nos olhos e parecia assustada. Nas ultimas semanas ela tinha pegado a mania de chamar a Demi de mamãe, no começo foi sem querer, quando Demi ia colocá-la para dormir e dava boa noite, Manuela respondia com um “boa noite mamãe”. Depois ela passou a fazer isso durante o dia, sempre que queria falar da Demi, eu não tinha me importado, afinal Demi agia como mãe dela, como a mãe que Manuela perdeu, que não teve tempo de conhecer como deveria. 
Mas naquele momento, as palavras dela me encheram de raiva e agonia. Eu a encarei sério.
__Ela não é sua mãe__ minha voz saiu fria como gelo e ela se encolheu__ e não, ela nunca vai voltar.
Manuela me encarou em silencio um minuto, depois abaixou a cabeça e saiu do escritório sem dizer mais nada. 

Fim do Capítulo


Desculpa a demora ta gente.vocês já sabem o por que ne ;)

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Selinho.


Selinho da Emilia Lima brigada flor.


1º Passo: Falar cinco coisas sobre você.
2º Passo: Falar como vai terminar sua História e como veio a inspiração para fazê-la.
3º Passo: Dizer o seu maior sonho.
4º Passo: Repassar para cinco blogs.

Ok...

1° passo:

- Atualmente, acho que estou passando um dos piores momentos da minha vida.²
- Posso estar no meu pior dia no meu pior ano mas nunca deixo de sorrir não gosto das pessoas perguntando por que estou triste coisa e tal.
- não tenho muitos "amigos"
- Gosto de dormir muitoooo...
- Sou o tipo de amiga "A CONSELHEIRA"

2° passo:

Como alguns devem saber a história não é minha mas sim da cacau.Mas queridinhas só tenho uma coisa a dizer da fic...eu estou super curiosa de como vai acabar muitooo mesmooo.

3° passo:

Realizar TODOS os meus sonho.

4° passo:


Twenty Six



I've tried to hide it so that no one knows
But I guess it shows
When you look into my eyes ♫♪


A semana na casa do lago foi perfeita. Eu e Joe estávamos nos dando cada vez melhor e mesmo com medo, mesmo sem querer, acabei deixando que a cada dia ele se apoderasse de mais um pedacinho do meu coração. A única coisa ruim foi que apesar de não estar trabalhando, Joe continuava sempre cansado, parecendo um pouco atormentado com alguma coisa, quando perguntei, ele me confessou que tinha pesadelos, que fazia alguns anos desde que tivera uma noite de sono descente.
Quando voltamos à civilização todos tiveram de voltar a trabalhar, mas muito mais relaxados do que antes. Matthew continuava bem com sua namorada Michele, comemoramos o aniversário de seis anos da Manuela, Selena estava super contente com a gravidez e Peter mais engraçadinho do que nunca. Tudo parecia absolutamente perfeito, até uma manhã em que Peter apareceu na mansão procurando por Joe. 

__Como assim onde está o Joe? Ele foi trabalhar__ eu disse terminando de arrumar o cabelo de Manuela.
__Não, ele não foi__ Peter negou__ não apareceu no trabalho e nem atendeu minhas ligações, eu supus que estava aqui com você.
__Eu ainda não o vi hoje, quando acordei ele já tinha saído__ expliquei__ presumi que tivesse ido trabalhar.
Fez-se um estranho silencio, Matt e Peter trocaram um olhar cauteloso que eu não compreendi muito bem.
__O que está havendo?
__Eu esqueci totalmente, não achei que seria um problema__ Peter murmurou pra si mesmo.
__Ele estava perfeitamente bem ontem tio Peter__ Matt disse__ eu também achei que não tinha que me preocupar.
__Talvez não seja o que estamos pensando__ Peter disse, mas não parecia convencido.
__Será que vocês podem me explicar o que está havendo?__ eu perguntei irritada, não gostava de ser deixada de lado do assunto assim, ainda mais se tratando do Joe, tinha algo errado e eu queria saber o que era.
__Você não sabe que dia é hoje?__ Peter perguntou com a sobrancelha erguida.
__Quarta feira__ respondi automaticamente__ qual o problema em?
__Demi__ Peter respirou fundo uma vez__ hoje é aniversário da morte da Rachel. Hoje faz quatro anos que ela se foi.

__Oh__ foi só o que saiu, não consegui dizer mais nada quando a compreensão me atingiu. Eu não sabia exatamente qual era a grande preocupação deles, mas imaginei que hoje não era um bom dia para Joe, e o fato de ele ter sumido não era nada bom.
__Vocês acham que o Joe fez alguma besteira?
__Todo ano nessa data, desde que a Rachel se foi, ele desaparece__ Peter explicou__ se enfia em algum bar pela cidade para beber, tentando esquecer da morte dela. Ele estava tão bem esses dias, está namorando com você e feliz... Não achei que teria que me preocupar com isso esse ano.
Eu não sabia o que dizer. Joe me pareceu muito bem nos últimos dias, ele não falava mais da mulher e parecia feliz ao meu lado, a única coisa que demonstrava que ele ainda não tinha superado por completo eram os pesadelos e o fato de ainda usar a aliança de casamento, mas eu tinha prometido a mim mesma que não deixaria aquilo que incomodar, afinal cada um tinha seu tempo para superar as coisas. Mas naquele momento, eu não sabia o que pensar da situação.

__Devíamos sair para procurá-lo__ Matt disse nervoso__ da ultima vez só o encontramos a noite e não foi nada legal.
__Tem razão, devemos procurá-lo__ Peter concordou__ vou pedir ajuda a Selena e ao Justin... Demi, você vem também?
__Eu acho melhor ficar aqui, talvez ele volte pra casa... Talvez não seja o que vocês estão pensando.
__Talvez não__ ele concordou, mas não parecia convencido.
Peter saiu com Matt para procurar por Joe. Eu me deixei cair no sofá, sentindo o coração apertar, estava tudo perfeito demais, algo tinha que dar errado para eu perceber que não estava em nenhum conto de fadas.
__Demi, qual o problema?__ Manuela perguntou me encarando confusa com aqueles grandes olhos cinza__ onde está o papai?
__Não se preocupe querida__ eu a abracei apertado__ ele vai voltar logo pra casa. 

Clarissa estava na porta me olhando, parecia aflita. Eu não tinha estado com Joe nos outros aniversários da morte da esposa dele, então eu não sabia quão ruim poderia ser essa crise dele, mas algo nos olhares de Clarissa, Matt e Peter me diziam que eu não ia gostar do que ia encontrar.
As horas foram passando incrivelmente devagar e nada de noticias do Joe. Eu já estava completamente aflita quando Matt chegou em casa sozinho, ele disse que Peter o mandara para casa mas ia continuar a procurar sozinho. Toda vez que o telefone tocava meu coração disparava de ansiedade e preocupação. Já eram dez da noite quando Peter finalmente voltou para mansão, Justin estava com ele, cada um apoiando Joe de um lado. 

__Graças a Deus vocês chegaram__ corri até eles__ Joe está bem?
__Está bem__ Peter fez careta enquanto o largavam de qualquer jeito no sofá__ só caindo de bêbado.
__Onde o encontraram?
__No cemitério__ Justin respondeu__ caído do lado da sepultura da Rachel com uma garrafa de bebida na mão.
Olhei para Joe, ele estava adormecido, jogado no sofá de qualquer jeito, com a roupa bagunçada e fedendo a bebida. Toda aquela felicidade que eu vinha sentindo de repente desapareceu e eu me senti completamente vazia por dentro.
__Vocês me ajudam a levá-lo lá para cima?__ Peter perguntou__ vamos dar um banho frio nele para ver se ele acorda.
Agradeci por Manuela já estar dormindo e não ter que ver o pai naquele estado. Matt estava parado no canto da sala, de braços cruzados e uma expressão vazia no rosto, tanto quanto a minha.
__Tudo bem, vamos levá-lo.
Peter e Justin o seguraram e começaram a carregá-lo escada acima, eu fui atrás para ajudar, conforme o choque passava ia sobrando a preocupação e também a pena. O resto dos sentimentos eu não conseguia distinguir, só sabia que precisava ajudá-lo. Quando chegamos ao quarto, o telefone de Justin começou a tocar, ele usou a mão livre para atender ao telefone.
__Amor, eu to um pouco ocupado agora, nós achamos o Joe e... __ ele parou um segundo__ não, tudo bem, eu já vou prai, fica calma ta bem? Eu prometo que não demoro.
__Algum problema?__ Peter perguntou?
__Selena ta passando mal__ ele explicou__ acho que é algum problema com o bebê, eu preciso ir socorrê-la.
__Tudo bem, pode ir, eu e Peter damos conta do resto, obrigada pela ajuda.

__Obrigada e desculpa não poder ajudar mais.
Ele soltou Joe e eu fiquei em seu lugar. Ajudei Peter a arrastá-lo até o banheiro com um pouco de dificuldade, mas conseguimos. Entramos com ele debaixo do chuveiro, e ainda o segurando liguei o chuveiro, a água fria caiu sobre ele, molhando eu e Peter no processo, mas teve o efeito que queríamos, a água gelada o despertou. Joe abriu os olhos assustado e quase escorregou.
__O que está acontecendo?__ ele tentou se soltar de nós dois, confuso e estava falando embolado__ o que estão fazendo?
Nós dois o soltamos no chão com cuidado, ele ficou lá sentado e eu fechei o chuveiro.
__Onde eu estou?__ ele passou a mão pelo rosto para tirar a água e o cabelo que caia sobre os olhos, depois olhou para mim e para o Peter como se fossemos dois extraterrestres, na verdade ele mal conseguia manter os olhos abertos__ o que estão fazendo comigo?
__Você perdeu o juízo?__ Peter gritou claramente irritado, seu tom de voz me fez estremecer__ como você desaparece assim seu idiota? Te procuramos o dia inteiro, em todos os lugares, achei que estava morto em algum lugar por ai.
__Peter, gritar com ele agora não vai resolver nada__ eu tentei acalmá-lo.
__Não me interessa__ ele resmungou.
__O que é você? Meu pai?__ Joe reclamou de cara feia, quase não entendi o que ele estava dizendo__ Me deixa em paz.
__Porque você fez isso Joe? Que diabos foi que te deu?__ Peter continuou a gritar.
__Peter, por favor... __ o que eu menos queria agora era briga entre um homem irritado e um bêbado.
__Minha mulher morreu__ Joe sussurrou encarando o chão, apesar de estar se enrolando com as palavras, isso eu consegui entender muito bem, também podia ouvir a tristeza em sua voz__ minha mulher morreu.
__Sim, ela morreu__ Peter concordou__ quatro anos atrás... Quando é que você vai deixar isso para lá e seguir em frente? Faz quatro anos Joe, quatro anos, quando você vai superar isso?
__Peter__ eu protestei novamente, aquilo não ia ajudar em absolutamente nada, Peter só ia conseguir ouvir o que não queria.
__Você tem dois filhos lindos, muitos amigos, uma carreira de sucesso, tem a Demi__ Peter o lembrou__ pra que isso?
Ele ergueu os olhos para o meu rosto, as lágrimas que ele derramava se confundiam com a água que escorria de seu cabelo, mas eu sabia que ele estava chorando, seus olhos estavam vermelhos e só piorava ainda mais na hora de ele falar alguma coisa. Mas as palavras que viriam a seguir seriam aquelas que acabariam como o lindo sonho que eu estava vivendo.
__Foi um erro__ ele murmurou__ foi tudo um grande erro, eu nunca devia... Eu tentei, eu juro que tentei, mas eu não consigo ser feliz, eu não posso fazer isso sem ela... Você não é ela... Você não é a minha Rachel.
Ele tentou se levantar, mas acabou escorregando e caindo no chão de novo.
__Você não é boa o bastante__ ele continuou a falar, mas não foram às palavras que mais me magoaram e sim o olhar em seu rosto, foi o seu olhar que quebrou meu coração em milhões de pedacinhos, justo quando eu pensava que tinha conseguido juntar os pedaços dele outra vez__ você não é a minha Rachel.
Peter me fitou completamente sem palavras, eu senti meus olhos arderem, mas respirei fundo... Eu não ia chorar.
__Eu vou buscar um café pra ele__ murmurei e me espantei ao perceber como minha voz estava sem vida__ eu já volto.
__Demi...
Eu ignorei o chamado e sai correndo do quarto, desci as escadas apressada, quase tropeçando no processo. Fui até a cozinha e encontrei Clarissa e Tânia conversando distraidamente com Matt, fez-se um silencio incomodo quando eu cheguei.

__Demi, você está bem?__ Matt perguntou.
Eu ignorei a pergunta, não queria pensar em como me sentia ou ia desabar ali na frente deles.
__Tânia, você pode fazer um café bem forte e levar até o quarto do senhor Jonas, por favor?
__Claro__ ela concordou.
__Obrigada.
Sai da cozinha o mais rápido possível antes que eles me fizessem alguma pergunta. Subi novamente as escadas e fui até o quarto de Manuela, ela acordou quando eu entrei e se sentou na cama meio sonolenta. Eu não disse nada por um tempo, ela ficou me observando em silencio.
__Demi, porque você está chorando?__ ela perguntou finalmente.
Passei a mão pelo rosto e senti-o molhado, não tinha percebido que estava chorando.
__Não estou chorando__ tentei disfarçar, enxugando as lágrimas__ eu só... Caiu um cisco no meu olho. Volte a dormir está bem?
Fiz com que ela se deitasse de novo, e fiquei observando-a até que adormecesse novamente. Tentei não pensar em nada enquanto a olhava ela dormir, mas mesmo que pensasse em outra coisa continuava doendo, meu coração estava doendo e eu queria chorar, chorar como uma criancinha e bater em mim mesma por ser tão terrivelmente estúpida.

Sai do quarto dela apressada e esbarrei com Peter no corredor.
__Como ele está?__ perguntei.
__Dormiu assim que caiu na cama__ ele respondeu__ você tinha razão, gritar não resolveu nada.
__Ok, eu vou... Eu...
__Você está bem? Demi, ele não estava falando sério, ele só está deprimido e...
__Eu não quero falar disso__ o interrompi__ só... Eu... Vou dormir um pouco, boa noite Peter.
Entrei no meu quarto e tranquei a porta, depois fui até o banheiro e também o tranquei. Escorei-me ali por um momento, depois deixei-me deslizar até o chão e fiquei ali sentada encarando as paredes e respirando fundo, contando até dez diversas vezes para tentar acalmar meu coração, mas só terminei chorando, chorando de soluçar, quase sufocando com tamanha agonia. As palavras de Joe escoando em minha mente, como se ele as estivesse gritando ali no meu ouvido.
Tinha acontecido de novo, mesmo depois de todas as vezes que quebrei a cara, de todas as promessas que fiz a mim mesma, eu deixei acontecer de novo... Eu me apaixonei e ele pisou no meu coração como se não fosse nada, igual aos outros, talvez até pior. Sim, era pior que das outras vezes, eu quis tanto acreditar que seria diferente, mas não... Ali estava eu de novo, chorando por um homem que partiu meu coração. 


Fim do Capítulo


Rebecca Gomes,Juh Lovato e Anonimo então gente vocês sempre perguntam do site e  da Cacau e tal meus fofinho no momento eu tó sem o link da comu da cacau (sorry eu perdi o link :@) minha amiga que está me mandando  por e-mail os cap então como vcs querem eu vou pedir a ela o link e posto aqui pra vocês okay?! e perguntaram tbm das mini fic que eu posto aqui... desculpa gente eu não sei de onde elas são só sei que é de algum tipo de comunidade que minha prima pediu pra eu postar aqui enfim quando eu tiver o link da cacau eu posto qualquer coisa me lembrem okay ?! :))



segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Just Say It (Mini fic)


Joe abriu a porta e seus olhos não podiam acreditar naquela imagem. Demi estava ali. Mesmo depois de tantas noites em claro pensando nela, lembrando-se de seu sorriso, lembrando-se de cada traço delicado daquele rosto que tanto amava, não estava preparado para aquela imagem. Ele tinha total certeza que nada o teria preparado para vê-la depois de mais de um mês de rompimento. Um mês que ela havia o deixado. 

Ele a olhou por um longo momento. 

—Demi... - murmurou friamente. — Eu não esperava que você voltasse aqui. Esqueceu algo da última vez que veio buscar suas coisas?
Ela pareceu procurar algo para dizer. 


— Não, não esqueci. Eu... Posso entrar? - Ele queria que ela entrasse? Não, não queria. Não queria ouvir sua voz, ver seus olhos, mas já era tarde para isso, ela já estava ali, parada, esperando por uma resposta. Deu passagem para ela entrar. 


— Sente-se. - Ele falou e indicou o sofá. Joe viu Demi caminhar desajeitadamente até o sofá e se sentar. Com um suspiro cansado, ele a seguiu, sentou no sofá à sua frente e esperou que ela começasse a falar. Ela parecia procurar algo neutro para iniciar a conversa. 


— Consegui o emprego. 


— Parabéns. - Joe falou, sentando-se, e a estudou.
Ela está ainda mais linda. Ele pensou, quase desesperado, enquanto a olhava, tentando aparentar falta de emoção. Será que irei enlouquecer por amá-la e não ter seu amor? Provavelmente, já esteja enlouquecendo. Ninguém me avisou que amar podia machucar tanto. 


— Não achei que conseguiria. - a voz dela interrompeu seus pensamentos. — Quero dizer, era grande a concorrência, mas estou tão feliz por ter conseguido.
Joe cerrou os punhos. A vulnerabilidade de Demi continuava o abalando. Será que ela não podia se enxergar como ele a via? Não conseguia ver a garota brilhante e talentosa que era? Ele já havia dito isso para ela tantas vezes... A última vez foi precisamente há 34 dias. Foi o dia que ele disse, com todas as letras, que a amava e ela disse que não podia retribuir. Foi o dia que ela arrancou seu coração do peito e fez picadinho dele. E agora ela estava ali, na sua frente, novamente lhe dizendo que não acreditava em sua capacidade, que não acreditava em seu brilhantismo. Mas, dessa vez, ele não tentaria fazer Demi ver seu potencial. Nem hoje, nem nunca. Não importava o quanto isso o estava matando. 


— Mais uma vez: Parabéns. - o tom de voz que usou era gelado. — Quer um drinque?
— Não... Sim. — Demi mordia levemente o lábio inferior, parecida indecisa... Perdida. — Eu pego. - Ela falou, por fim, levantando-se. Caminhou até a estante do outro lado da sala, onde Joe deixava suas bebidas. Pegou uma garrafa e se serviu apressadamente, dando um gole grande e rápido. Ela nem se deu conta de que estava, mais uma vez, movendo-se pela casa como se ainda fosse sua namorada. Como se ainda pertencesse àquele lugar. E Joe se detestou por gostar de vê-la tão à vontade em sua casa. 


— Você quer alguma coisa? - Ele a ouviu perguntar. Levantou os olhos e a viu, parada, com uma garrafa de uísque nas mãos. Fez uma força sobrenatural para não sorrir ao ver que ela segurava seu uísque preferido. Ela ainda lembrava o que ele gostava.
— Não, obrigado. - Ele iria beber, claro, mas só quando ela fosse embora. Iria beber como estava fazendo quase todos os dias desde que ela o deixou. Afinal, não era só assim que conseguia dormir? Só quando estava tão embriagado para que seus olhos se fechassem sem procurá-la em sua cama? Era isso ou ficar acordado pensando nela. Ele preferia o uísque, obrigado!
Ele viu Demi o estudar e suspirar. Viu quando ela agitou o copo em suas mãos, parecendo não saber muito bem o que fazer com ele. Ela deu mais um gole em sua bebida e respirou fundo. Caminhou novamente até o sofá, pôs o copo sobre a mesa de centro e mordeu novamente o lábio. Ele sabia o que isso significava, sabia que só mordia os lábios assim quando estava com medo ou nervosa. 


— Será que... Será que podemos conversar? Podemos sair e... Eu posso lhe pagar um drinque e/ou um jantar?
Ele necessitava tocá-la.
Esse pensamento o assustou. Saber dessa necessidade quando não podia tocá-la, alarmava-o. E o deixou com raiva também. De si mesmo, da pessoa parada à sua frente lhe convidando para... Sair e comer. Como velhos amigos? O que ela estava pensando? 


— Não. - A única palavra pronunciada duramente. Ele viu quando ela se retraiu e gostou de saber que podia machucá-la. Claro que não era nada comparado ao que ela estava lhe machucando, mas era bom saber que tinha o poder de feri-la... Mesmo que um pouco.
Viu sua garota... Sua ex-garota - ele precisava lembrar que ela não era mais sua -olhar para o fogo que crepitava da lareira acesa e engolir a seco. Sua voz tremia quando finalmente voltou a falar. 


— Você quer que eu vá embora?
— Sim, eu só estou ocupado. Eu trouxe trabalho para casa. - apontou para os papeis no canto esquerdo da sala.
— Eu poderia esperar. - murmurou ela. — Podemos jantar mais tarde, no meu apartamento.
Joe a olhou. No seu apartamento? Ele não sabia muito bem o que responder. Parecia que ela estava lhe oferecendo o que eles tinham antes. Um jantar no apartamento de um deles – geralmente no dela –, sexo e mais nada. Nada de sentimentos e nenhuma complicação. Nenhuma palavra de amor. Com um suspiro, fitou as próprias mãos. Quantas vezes, durante as últimas semanas, tinha pensado em Demi, sobre as coisas que acontecera entre os dois? Quantas vezes tivera vontade de procurá-la, mas então resistira, lembrando que o amor não podia ser uma coisa implorada? Quantas vezes ele lembrou que estavam juntos há quase um ano? UM ANO, pelo amor de Deus! Era mais do que ele já tinha ficado com alguma garota em sua vida e que, quando finalmente falou que a amava, ela o abandonou. Se fechasse os olhos, ainda podia ver a expressão assustada em seu olhar quando finalmente falou que a amava. Parecia que estava confessando que era um molestador de criancinhas e não que a adorava! Sempre soube que Demi tinha problemas com relacionamento, que era impossível para ela acreditar que alguém pudesse amá-la, mas ele já tinha dado provas suficientes que a queria ao seu lado. Lembrar-me da rejeição era algo que ele queria esquecer, mas seria impossível com ela parada ali, tão insegura como sempre foi, oferecendo-lhe a voltar ao que era antes. 


— Obrigado pela oferta. – respondeu ele, brevemente. — Mas não estou interessado.
Uma porra de um mentiroso. Era isso que ele era. Ele estava interessado em qualquer milhada de afeto que ela pudesse lhe oferecer e precisava ficar lembrando o tempo todo que tinha um pouco de amor próprio.
— Eu sei que o magoei muito, Joe. Não sei se há um jeito de desfazer isso, mas...
Ele deu uma risada cínica.
— Não preciso de sua pena, Demi.
Ela parecia irritada - verdadeiramente irritada - quando falou:
— Não é isso que estou tentando falar, quero...
— Esqueça. - ele a cortou.
— Joe, por favor. - Ela parecia implorar. Joe riu amargamente. Ela estava implorando pelo quê? Que ele tivesse um pouco de consideração com seus sentimentos? Como se ela tivesse pelos seus.
— Esqueça isso, Demi! - Lutando por controle, ele pegou o copo que ela havia servido e deu um grande gole. — Vá para casa. Preciso realmente trabalhar.
— Há coisas que eu gostaria de falar para você.
—Talvez eu não queira ouvi-las. - disse Joe antes que pudesse evitar. — Fiz papel de tolo falando que a amava e o que recebi em troca? Você correndo e fugindo.
— Quer parar com isso? Quer parar de dificultar tanto as coisas? Estou tentando falar com você. Merda!— gritou Demi. 


— Não ligo a mínima para você, no momento. - Não era verdade, claro. Ele sempre iria se importar com ela. Furioso, ele se levantou, caminhou atéDemi, segurou-a pelo braço e a puxou para si.
Antes que pudesse raciocinar, Joe estava a beijando quase com brutalidade. Esqueceria o amor, disse a si mesmo. Se isso era tudo o que Demi queria, tudo que ela podia oferecer era o que ele daria a ela. Deixou o desejo e a frustração dominá-lo, ignorando os protestos de Demi. Ele não seria carinhoso, não seria romântico, isso não estava mais na equação. Quando ela finalmente parou de protestar e começou a corresponder ao beijo, não conseguiu conter um gemido. Percebeu que suas mãos tremiam quando tocaram seu rosto e ele sentiu raiva de si mesmo ao perceber que não podia ignorar o quanto a amava e o quanto queria mais. Empurrou Demi para longe e pode ver dúvida e algo mais em seus olhos... Dor? 


— Saia daqui, Demi. - Falou com dificuldade. Respirou fundo para recuperar o controle da voz. — Vá embora, por favor. Deixe-me sozinho. - Sua voz agora era fria e controlada.
— Não. - ela falou, decidida, passando os braços em volta de si mesma como se fosse para se proteger. Joe percebeu que ela ainda tremia. – Não, até que eu fale o que vim falar aqui.
— Certo. Então, você fica e eu saio. Apenas bata a porta quando sair. Demi correu até a porta e se posicionou em frente a ela.
— Sente-se, cale a boca e ouça o que eu vim te falar.
Por um momento, Joe pensou em tirá-la do caminho e sair, mas, com um suspiro cansado, enfiou as mãos no bolso e a encarou.
— Certo, fale.
— Sente-se. - repetiu ela.
— Não abuse da sorte.
Demi ergueu o queixo. 


—Tudo bem, ficaremos de pé. Não vou me desculpar pelas coisas que falei semanas atrás. Confiar em alguém é a coisa mais difícil do mundo para mim. Você sabe disso, sabe disso melhor do que ninguém. Não vou pedir desculpas por ter falado que não estava pronta para ouvir o que você falou quando... Quando disse o que sentia por mim. Não me desculpo por isso, Joe, não peço desculpas por ter falado àquela hora o que estava sentindo, por ser quem eu sou. Você sabe que não minto, que para mim sinceridade é tudo e que se falei que estava com medo, que não estava pronta, então é porque era verdade. 


— Ótimo, já falou. Agora saia do caminho.
— Eu não acabei! - Ela voltou a gritar, irritada. Joe a olhou fechar os olhos, procurando forças, e então a ouviu sussurrar: — Acho que está na hora de sermos companheiros.
— Companheiros? O que isso quer dizer, afinal de contas? – ele a olhava com fúria.
— Companheiros, Joe, parceiros!
— Parceiros? - A fúria nos olhos de Joe foi substituída por confusão. — Meu Deus, depois de tudo o que te falei, você está aqui me propondo uma sociedade profissional?
— Isso não tem nada a ver com profissão. — replicou ela. - Não preciso de nenhuma porra de parceria profissional, ok? Eu te falei que consegui o emprego quando cheguei aqui. Não preciso dos seus contatos, das suas empresas, de sua influência no mundo artístico para que eu possa ter meu emprego em uma editora. Eu nunca iria te propor ou pedir algo assim, você sabe disso. O que estou te falando, seu idiota, é que quero casar com você.
Joe simplesmente a olhou, até que não foi capaz de ler nada em seus olhos.
— O que você falou?
— Estou lhe pedindo que case comigo. - Ela manteve o olhar fixo nele.
Ele arqueou as sobrancelhas, o corpo imóvel.
— Você está me pedindo em casamento? Joe percebeu que Demi enrubesceu e não sabia se era de vergonha ou de irritação. 


— Sim, acho que fui perfeitamente clara.
Ele riu, baixinho no começo, então mais alto depois. Parecia um som estranho saindo de seus lábios depois de mais de um mês sem sorrir. Passando as mãos pelo rosto, virou-se e andou até a janela.
— Qual é a graça? - ele podia sentir a irritação na voz dela.
— Eu não sei... - Joe continuou olhando pela janela enquanto tentava ordenar os pensamentos. Depois de semanas de puro sofrimento, ela, de repente, aparecia lá e o pedia em casamento. — De alguma maneira, isso me parece até engraçado.
— Nesse caso, vou deixá-lo sozinho para apreciar sua piada. - Ela caminhou rapidamente até o sofá, onde havia deixado sua bolsa, e se dirigiu até a porta. Joe viu quando a porta se abriu e isso o tirou de seu transe. Caminhou apressadamente até ela e a fechou novamente.
— Demi...
— Saia. - exigiu ela e tentou empurrá-lo. Ele percebeu que os olhos dela estavam marejados de lágrimas.
— Espere. - Tentou segurá-la, mas ela já estava se desvencilhando de seus braços. Segurando-a com mais força, Joe a pressionou contra a porta. — Quer parar de tentar fugir? Acha mesmo que vou deixar você sair por essa porta depois do que acabou de falar? - Ele já não ria mais agora e seus olhos estavam sérios e cautelosos. — Eu gostaria de saber por que você quer casar comigo.
— O que você acha, Joe? - ela falou, ainda lutando para sair de seu abraço. 


— Sinceramente? Não sei, Demi, não sei o que pensar dessa bosta toda. Você termina comigo quando eu falo que te amo e você aparece em minha casa, um mês depois, me pedindo em casamento. Então, desculpe se não consigo entender o que está acontecendo aqui. Desculpe se não consigosaber por que você quer que eu case com você.
Demi o fitou por um momento e Joe percebeu que ela estava tentando decidir se tentava sair de seus braços ou se engolia o orgulho e parava de lutar. Para alguém tão orgulhosa, isso era verdadeiramente grande. Ela parecia derrotada, quando finalmente admitiu. 


— Porque eu sabia - depois das coisas que te disse no mês passado - que você não ia me pedir, que você nunca me pediria. Achei que não me perdoaria se eu simplesmente pedisse perdão, que precisava de algo mais que um simples pedido de desculpas para tê-lo de volta.
Ele meneou a cabeça e pressionou o corpo mais ao dela.
— Não seja ridícula, não é uma questão de perdão. Você sabe que isso não tem nada a ver com desculpas.
— Joe... — Ele percebeu que ela levantou a mão, parecendo que iria tocá-lo, mas recuou como se não tivesse certeza se seus toques seriam bem-vindos. Se ela ao menos soubesse como ele implora por ser tocado por ela. — Machuquei você.
— Sim. Machucou sim, como julguei que ninguém seria capaz de fazer.
— Desculpe. - sussurrou Demi, mas não foi pena que ele viu nos olhos dela. Parecia... Arrependimento. Ele sentiu a primeira onda de alívio atravessar seu corpo. Talvez nem tudo estivesse perdido para eles.
— Você realmente me machucou, mas acho que um pedido de casamento é um pouco dramático quando você nem me ama. Então, por favor, Demi, responda minha pergunta. Por que quer casar comigo? E não diga que é porque é para reparar o que aconteceu no mês passado. Seja sincera, pelo amor de Deus.
Ele percebeu pânico nos olhos dela. O medo de amar alguém estava novamente ali. Percebeu que ela ficava rígida em seus braços. 


— Fale. - exigiu Joe, sem um toque de carinho na voz. Não iria implorar por amor. Não hoje!
Ele a viu fechar os olhos e, quando voltou a abrir e o encarou, viu que o medo ainda estava ali, mas ela parecia determinada. Ele sabia que se Demi dissesse as palavras que tanto queria ouvir, não haveria retorno para nenhum dos dois. Ela não podia perceber que ele também tinha medo? Medo de não ser perfeito para ela, medo de que ela percebesse que ele tinha tantos defeitos e decidisse não querer mais ficar ao seu lado. Como ele sobreviveria se ela o deixasse novamente? Como ele poderia viver sem ela? Esse mês que passaram separados, ele apenas descobriu como sobreviver e isso não era algo que queria para sempre. Como ela podia não perceber o quanto ele também estava assustado com o tamanho do sentimento que nutria por ela, que ele nunca se imaginou amando assim? 


— Porque eu te amo, Joe. Eu amo você. - ela sussurrou e sorriu para ele quando voltou a perguntar. — Quantas vezes quer ouvir isso, Joe? 


— Eu te direi em um minuto. - murmurou ele, beijando os lábios. Com um gemido de prazer, de alívio, de felicidade, passou as mãos pela cintura dela e a puxou para mais perto. O calor que sentiu quando suas línguas se tocaram, fê-lo perder complemente o controle e a beijou com mais força. — Ok, fale de novo. Quero ouvir de novo. — exigiu, contra a boca de Demi.
Ele a empurrou ainda mais contra a porta e Demi conseguiu apenas sussurrar um “Eu te amo”.
Murmurando o nome dela, ele a beijou enquanto passava a mão por baixo da camiseta de algodão. Simultaneamente, os dois gemeram de prazer. Ele pensou que aquilo fosse um sonho... Tinha sonhado tanto durante essas semanas que fazia amor com ela, mas não fora daquela forma, selvagem e sensualmente. Quando Joe deslizou uma de suas pernas entre as dela e ele ouviu Demi gemer, ele perdeu completamente o controle sobre si mesmo.
Tão quente, pensou ele, sentindo o sexo enrijecer quando encontrou um dos seios de Demi. Ela gemeu mais e se arqueou contra ele.
Apertando-a ainda mais contra a porta, seus lábios abandonaram os lábios de Demi e procuraram a pele macia de seu pescoço. Demi sentiu os dentes de Joe sobre sua pele e suas mãos puxaram forte o cabelo dele quando sentiu os lábios do rapaz em sua orelha. Os lábios dele voltaram para os da garota, mais vorazes que antes, como se cada beijo, cada toque não bastasse para livrá-lo de toda saudade que sentiu dela.
Demi voltou a puxar levemente os cabelos de Joe e riu baixo com a frustrada tentativa dele de tirar seu sutiã. 


— Nunca gostei dessas coisas. - Ele falou quando finalmente conseguiu se livrar da peça de roupa. Demi riu, mas o riso ficou preso em sua garganta quando Joe mordeu levemente um dos seios da garota.
— Senti tanto a sua falta. Ainda não consigo acreditar que você realmente está nos meus braços.
— Eu te amo, Joe. E você não tem ideia de como eu também senti a sua falta.
— Nunca mais pense em me deixar. Isso me mataria.
E antes que ela pudesse pensar em falar algo diante dessa frase, Joe novamente a beijou.
— Eu iria dizer para irmos para o sofá, mas sei como você prefere a parede.
— Posso... Posso... Joe. — ela murmurou o nome dele, quase incapaz de falar. — Ir para o sofá dessa vez.
— Mais tarde. Ele a espremeu ainda mais contra a porta com seu corpo. Joe enfiou a outra mão por dentro da saia que Demi estava usando e estendeu os dedos para penetrá-la.
Ela soltou um grito abafado... Choque e prazer a fizeram movimentar os quadris, acompanhando o ritmo implacável de Joe, numa reação instintiva. A visão de Demi se tornou turva e a respiração saía ofegante
— Você não pode... Eu não posso... Oh, Deus, o que está fazendo comigo?
— Caso você ainda não tenha percebido, amor, estamos transando. Demi apenas sorriu enquanto gemia. 


Ela jogou a cabeça para trás, contra a porta, enquanto o calor se espalhava por todo o seu corpo, cobrindo a pele de suor. A força do orgasmo foi tão forte que se ele não estivesse a segurando, Demi teria caído.
— Agora nós iremos para o sofá. — ele murmurou, pegando-a no colo e a levando até o sofá de sua sala.
Joe tirou a camisa, sem desviar os olhos dela em momento algum. Tirou um tênis, depois o outro, jogou os dois para o lado. Desabotoou os jeans, baixou o zíper.
Os olhos de Demi começavam a desanuviar. Melhor assim, pensou Joe. Queria vê-los ficarem vidrados de novo. Ao tirar os jeans, ele a contemplou de novo. Pele rosada e úmida, curvas delicadas, os cabelos espalhados sobre seu sofá. Ela era linda. E era sua!
— Por favor... Joe... — Ela implorou e isso acabou com todo seu autocontrole. Cuidadosamente, ele deitou sobre ela e a penetrou, num movimento rápido e firme, levando os dois ao êxtase. Demi o envolveu com as pernas e Joe aumentou o ritmo de suas investidas, até que os dois não conseguiram mais aguentar e se entregaram a um orgasmo forte e violento.
Joe estava ofegante quando se deixou cair sobre ela. Pela primeira vez em dias, sentia tanto o corpo quanto a mente relaxados. Podia senti-la ainda tremendo por baixo. Esfregou o rosto nos cabelos de Demi, apenas para matar a saudade.
— Eu te amo, Demi.
E assim, relaxados, acabaram dormindo.

***

— Oi. - Joe sorriu quando Demi abriu os olhos
— Oi. - Demi sussurrou, esfregando os olhos, encabulada. – Detesto quando você faz isso.
— Isso o quê? - perguntou inocentemente.
— Você sabe o quê. Detesto que fique me olhando dormir, eu estou horrível.
— Dificilmente você conseguiria ficar horrível, minha querida. - ele beijou a ponta do nariz dela. – Você é completamente adorável enquanto dorme, não consigo resistir.
— Pare com isso. - ela sorria, mas não havia como negar que adorou cada palavra. – Você sabe que ainda não me respondeu, não é?
Joe percebeu que apesar das palavras ditas em tom de ironia, ela ficou rígida em seus braços. Segurando firmemente a cintura dela, ele se moveu, fazendo com que ela ficasse por cima.
— Você tem noção de que a pergunta deveria ter sido feita por mim, não é? Assim você faz eu me sentir menos másculo.
— Você tem uma mulher nua em cima de você, explique como se sente menos másculo nesse momento. 


— Não se trata disso. – ele levantou a mão para tirar alguns fios de cabelo caídos sobre os olhos dela. – Eu iria pedir, mas você não me deu a oportunidade.
— O quê? – ela parecia confusa agora.
— Mês passado, Demi, eu iria fazer o pedido. Eu tinha até um anel.
— Tinha? – ela sussurrou, olhando fixamente nos olhos do rapaz.
— Tenho. – ele sorriu. – Ainda tenho. E se você tivesse apenas dito que me amava, teria bastado para me ter de volta e eu teria a oportunidade de pedir. Como você acha que me sentirei quando nossos filhos perguntarem como foi que pedi sua mão em casamento e terei que responder que foi a mãe deles que me pediu?
— Ai, Joe... Eu te amo. – ela o beijou, levemente, nos lábios. – Não acredito que vamos nos casar.
— Eu ainda não aceitei. – ele falou rindo.
— Claro que aceitou. – ela se levantou, ficando de pé rapidamente. Parecia feliz demais para ficar deitada. Ele se sentou no sofá e sorria para ela de forma divertida. – Você falou que tem meu anel. Onde ele está? Quero ver. E também falou que iria me pedir. Isso é o mesmo que aceitar, para mim.
— Já que você está me obrigando a casar... – ele deu de ombros, gargalhando. – Eu caso com você.
— Ah, Joe... – ela ficou momentaneamente séria. – Eu vou fazer você feliz.
Levantou e a segurou fortemente pela cintura.
— Você já faz!
E a beijou.



FIM

Ta ai gente a mini fic espero que tenham gostado eu decidi postar ela aqui por que eu achei bonitinha enfim bjinhooos.

domingo, 16 de setembro de 2012

Twenty Five



Love can change

Everything
Turn your winter into spring
Play your part within your heart
Let your Love Show ♫♪


O dia tinha sido muito agradável, eu me diverti bastante na companhia da Demi, sem as preocupações do trabalho. Quando anoiteceu, nos sentamos em um banco na varanda da casa para conversar e olhar as estrelas. Estava um pouco frio do lado de fora, mas eu a abracei, a puxando para perto de mim e tudo ficou perfeito.
__Você já fez alguma besteira quando era mais novo?__ Demi perguntou de repente.
__Como assim?
__É que você é todo certinho__ ela disse sorrindo__ sempre foi assim ou já teve seu tempo rebelde? E não vale dizer que queimou o macarrão ou engravidou a namorada, isso não conta.
__Eu conto às coisas que aprontei se você contar também.
__Ok, temos um acordo__ ela disse e parou pra pensar um minuto__ quando eu era adolescente, minha mãe era meio careta e super protetora quando se tratava de namorados, e eu sempre namorada escondido dela. A minha primeira vez também foi escondido, no meio da noite o meu namorado entrou pela janela do meu quarto, e enquanto minha mãe dormia no final do corredor agente transou, morrendo de medo de ela ouvir alguma coisa.

__Sério?__ eu tive que rir__ ela não descobriu vocês?
__Foi por muito pouco, na manhã ela veio no meu quarto e se a porta não estivesse trancada eu estaria com sérios problemas. Mas na pressa de fugir o garoto pulou da janela e torceu o pé... Ele perdeu o interesse em mim depois disso.
__Você tem mesmo cara de quem faz esse tipo de loucuras.
__Eu sempre fui meio doidinha para falar a verdade, mas agora é sua vez, me diga alguma coisa que você já aprontou.
__Bem, uma vez quando eu era adolescente, e ainda tinha aquele sonho de ser um astro do Rock, eu fugi de casa para assistir a um show da minha banda favorita. Eu não tinha carteira, mas peguei o carro do meu pai sem ele saber e fui mesmo assim.
__Você sofreu um acidente com o carro?__ ela tentou adivinhar.
__Não, mas enquanto eu curtia o show roubaram o carro do meu pai__ fiz careta__ quando ele descobriu me deu o maior sermão da minha vida. E começou a cobrar o preço do carro da minha mesada.
__Não brinca?__ ela riu.
__Verdade, por sorte Kevin aprontou algo pior alguns meses depois e ele esqueceu, se não eu estaria pagando pelo carro até hoje.


__Era assim tão caro?
__Muito caro, e minha mesada não era muito alta... Mas aquele foi um dia e tanto.
Ela riu com aquilo, o sorriso mais lindo do mundo todo, aquele que eu gostava tanto de ver, entrelaçou seus dedos nos meus, escorou a cabeça no meu ombro e mordeu o lábio enquanto pensava um pouco.
__Lembrei de outra coisa__ ela disse__ eu e minhas primas sempre fomos muito unidas, tipo irmãs, mas tinha uma delas que sempre foi nojenta, tipo patricinha oferecida e estava sempre tentando parecer melhor que agente. Então eu e minhas outras primas nos juntamos para dar uma lição nela.
__Tenho até medo de perguntar, mas... O que vocês fizeram com ela?
__Ela adorava o cabelo oxigenado dela__ Demi disse com ar malicioso__ então pusemos uma cola no shampoo dela e uma tintura vagabunda junto, verde... Ela saiu do banheiro do gritando, o estrago foi tanto que tiveram que cortar todo cabelo dela.
__Você era cruel.
__Foi engraçado, e ela mereceu__ fez biquinho__ eu só tinha quinze anos, não conta... Eu sou uma pessoa legal agora.


__Ok, me lembre de nunca deixá-la com raiva__ brinquei__ ah, lembrei de outra coisa que eu fiz quando era mais novo. Lembro que minha mãe tinha um enfeite na sala, era de Cristal e ela adorava muito ele, tinha um ciúme enorme, o papai tinha dado de presente a ela no aniversário de casamento deles. Ela não nunca deixava agente brincar perto dele ou o cachorro de Kevin, a sala era uma área proibida pra ele.
__Já estou até vendo como isso vai acabar__ ela fez uma careta engraçada.
__Exatamente__ concordei rindo__ um dia eu estava super empolgado com um presente que ganhei, ai entrei na sala brincando e o cachorro do Kevin veio atrás de mim. Uma coisa levou a outra, e na minha empolgação dei um esbarrão no enfeite de Cristal, ele caiu no chão e quebrou em mil pedacinhos.
__Meu Deus, o que sua mãe disse quando viu?
__Bem, quando ela entrou na sala, eu estava com tanto medo de ela brigar comigo que pus a culpa no cachorro. Ela estava muito zangada, e mandou o papai se livrar do pobre coitado, o Kevin chorou por semanas por conta disso, eu me senti muito culpado depois.


__Não acredito que pôs a culpa no pobre do cachorro. E o que eles disseram quando você contou que foi você?
__O que? Ficou louca?__ fiz careta__ eles não sabem, e nunca vão saber.
Nós dois rimos juntos e naquele tempo, na companhia dela, me perdi e não percebi a hora passar. Quando entramos novamente na casa já era tarde e todos estavam dormindo, bem... Quase todos. Quando subíamos as escadas em direção ao nosso quarto, vimos Matthew e Michele saindo escondidos.
__Aonde esses dois vão há essa hora?__ perguntei olhando pela janela tentando enxergá-los.
__Vão namorar a luz do luar__ Demi respondeu sorrindo__ deixe eles dois, vamos dormir.
Ela me arrastou pela escada, sem me dar chances de protestar. Quando passamos pela porta, eu a puxei para mais perto e a girei, iniciando uma dança lenta, ela sorriu e escorou a cabeça no meu ombro, deixando que eu a conduzisse.
__Você é linda sabia disso?__ murmurei em seu ouvido enquanto dançávamos.
__E você é incrível, esse lugar é incrível... Eu estou adorando tudo.

__E eu adoro você__ sussurrei.
Juntei nossos lábios num beijo calmo enquanto dançávamos pelo quarto, até que caímos deitados no sofá que tinha no canto.
__Porque está me olhando assim?__ perguntei quando a vi fitar meu rosto de uma forma diferente.
__Não é nada__ ela deu de ombros__ só estava pensando em algo que Selena me disse mais cedo.
__E o que foi que ela te disse?
Ela deu um meio sorriso e deitou a cabeça no meu peito.
__Nada que eu vá contar pra você.
__Isso é injusto, você me deixou curioso.
Ela se limitou a rir, e vendo que ela realmente não me contaria o que Selena lhe dissera parei de perguntar e me concentrei apenas em beijá-la, esquecendo completamente do mundo em volta.


No dia seguinte, quando nos juntamos para tomar café da manhã, não pude deixar de reparar no sorriso bobo no rosto de Matthew, ou nos olhares que ele trocava com Michele, aparentemente a noite deles tinha sido muito boa. A minha noite teria sido perfeita se não fossem aqueles sonhos que me atormentavam, eu estava sempre cansado por não conseguir dormir direito, mas não sabia o que poderia fazer para que aquilo parasse.
Durante o dia nos divertimos, tomamos banho no lago, as crianças brincaram e se divertiram o dia todo, conversamos e ao entardecer começou a chover, o que nos obrigou a ficar dentro da casa. Também faltou luz e quando anoiteceu estávamos na completa escuridão. Pegamos algumas lanternas e velas e ficamos na sala sem nada para fazer até que Peter teve mais uma de suas ideias.
__Podíamos brincar de mímica__ ele sugeriu.
E todos acharam uma grande ideia.


Nos divertimos tentando adivinhar os nomes de filmes ou programas, rimos muito, principalmente na vez de Manuela e Peter, que parecia uma criança. Às vezes eu gostaria de ser como ele, não levar a vida tão a sério, eu já fui assim, mas aquele cara divertido se perdeu e eu ainda não tinha conseguido encontrá-lo... Pelo menos uma parte dele.
Depois de uma certa hora, eu e Demi fugimos da sala, estavam todos entretidos demais para notar nossa ausência. Fomos para o quarto e conversamos por um bom tempo, eu nunca cansava de ouvir as histórias que ela tinha para contar. Ela me fez rir, tirando fotos nossas e entre uma brincadeira e outra terminamos jogados na cama aos beijos. Eu nunca me cansava dela, e a cada dia parecia que a desejava mais, sempre que a beijava me lembrava da primeira noite que passamos juntos, em como me senti com ela em meus braços e eu queria mais. Por um longo tempo eu tinha estado sozinho e não fora um problema, mas agora que eu a tinha do meu lado era difícil não pensar, não desejar mais.

E assim fui me deixando levar pelo momento, pelo sabor do seu beijo, pela sensação do seu toque. Sentei-me na cama com ela em meu colo, nossos lábios se movendo em sintonia enquanto minhas mãos adentravam gentilmente o casaco enorme que ela usava por cima do pijama e o atirei longe, deixando-a apenas com a blusa cor de rosa fina. A minha já tinha ido parar em algum canto do quarto um tempo antes e apesar do frio que fazia lá fora eu me sentia aquecido com o corpo dela junto ao meu.
__Nós não... Combinamos__ ela murmurou ofegante quando desci os beijos pro seu pescoço__ que iríamos devagar?
A ideia de ir devagar com nosso relacionamento tinha sido minha, fazer um teste e ver se tínhamos chance de dar certo. Não fazia muito tempo, mas eu sentia que tínhamos tudo para dar certo, só precisávamos deixar o passado de lado. Eu estava conseguindo seguir em frente aos poucos, a cada dia que passava ao lado dela me sentia melhor, me sentia um novo homem. Então porque não avançar um pouco mais? Porque não arriscar mais? Talvez fosse o que faltava para que eu ficasse completamente livre de tudo que me atormentava.


__Nós podemos ir devagar__ sussurrei em seu ouvido e senti ela se arrepiar, enterrando as unhas nos meus ombros__ é até melhor. 
Não houve mais conversa depois disso, simplesmente nos perdemos um no outro. A nossa primeira transa tinha sido apressada, desajeitada, nos deixamos levar pelo momento e pelo desejo, mas daquela vez eu queria que fosse diferente, eu queria aproveitar o momento, cada segundo que ela estava em meus braços. Lentamente, tirei sua blusa, revelando seus seios, ela corou levemente sob meu olhar, mas logo esquecera da vergonha e se deixou envolver por meus beijos e não demorou até que ela tomasse o controle do momento.
__Por favor__ ela sussurrou em um determinado momento__ me diga que dessa vez você tem camisinhas.
Eu tive que rir daquilo, e ela me acompanhou, mas a preocupação era genuína.
__Dessa vez eu vim preparado__ garanti a ela com um sorriso. 
__Ótimo.
Não demorou até que nos tornássemos um só, nossos corpos movendo-se em sincronia, logo o resto do mundo desapareceu, como sempre acontecia quando eu estava com ela. Tudo parecia perfeito... Ou tão perto da perfeição que não importava. 



Fim do Capítulo

Divulgando:http://jemi-4everlove.blogspot.com.br/

Finalmente ne gente por favor mennas desculpa a demora é que a Cacau ainda não tinha acabado o cap e eu não tive como avisar a vocês :( então ta ai pra vocês e pra compensar a demora talvez eu poste (depois) uma mini fic bem legal aqui pra vocês okay ?! bjinhooos.



Anonimo
Desculpe, mais estou deixando de ler o blog.A demora pra postar tem acontecido frequentemente e vc nem nos avisa o porque.Td beem q vc tem os seus compromissos da escola e casa mais tambem tem com os seus leitores e seguidores.

Então...

*-* Querido(a) anonima(a) eu entendo perfeitamente você le o blog se quizer se não tudo bem. Como eu estou de bom humor hoje eu vou explicar a demora pra quem quizer ver e pra quem estava achando que eu não estava postando aqui por que não queria.demorei sim a postar é verdade mas ninguem tem culpa a cacau ainda não tinha terminado de escrever o capítulo e eu não queria postar cap incompletos pra vocês eu não tive tempo de avisar por que eu passei uns dias no hospital com alguns problemas (mas eu estou bem obrigada) e pra compesar na escola veio uma chuva de provas totalmente importantes não tive como entrar por que eu estava cuidando principalmente da porra da minha via social e do meu futuro. desdo inico eu já tinha avisado não tem como postar todos os dias a Cacau tambem tem a vida dela.então é isso gente vocês já sabem o motivo, mas mesmo assim desculpa okay por ter ido pro hospital e não ter avisado a vocês que eu não iria postar ¬¬¨¨porfavorneputaquepariu e querido(a) anonimo(a)  fique sabendo que você sera sempre bem vido(a) aqui por que eu não do a minina e não ligo para a opinião de seu ninguem.porque os verdadeiros seguidores os que gostam de ler a fic são os que ficam. obg.*-*

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Twenty Four



There's something about the sunshine, baby
I'm seeing you in a whole new light
Out of this world for the first time, baby
Oh, it's alright ♫♪


Sábado de manhã e estávamos todos reunidos na mansão prontos para ir à casa do Lago. Selena e Justin, Peter, Molly e os dois filhos, Diogo juntamente com a namorada Luiza e Richard, eu, Joe, Matt, Manuela e Michele também. Quando Joe disse que ia tirar férias da JI para podermos ter mais tempo juntos eu quase não acreditei, mas ali estávamos, prontos para ir passar uma semana incrível na casa do lago da família dele.
A viagem até a casa do lago, segundo Joe, era de duas horas. Faríamos algumas paradas no caminho e na primeira hora de viagem as crianças estavam super animadas, muito falantes, principalmente Manuela, como sempre. Eu fiquei apenas olhando a paisagem pela janela e sorrindo para natureza, até começou a tocar no rádio uma música que eu amava. 

__Oh, eu adoro essa música, posso aumentar o volume?__ perguntei.
__Claro__ Joe concordou.
Aumentei o volume do rádio e me deixei levar pela música, antes que percebesse já estava cantando junto.
__Você tem uma voz bonita__ Joe comentou.
Eu apenas sorri e continuei a cantar, quando chegou no refrão as crianças resolveram acompanhar e logo formamos um coro.
__ There's something about the sunshine, baby, I'm seeing you in a whole new light, Out of this world for the first time, baby, Oh, it's alright. There's something about the sunshine, There's something about the sunshine.
__Vamos, cante também__ eu disse o cutucando e rindo.
__Não obrigada__ ele balançou a cabeça rindo, concentrado na estrada.
__Vamos pai, canta também__ Matthew incentivou__ não seja chato... Every where’s a scene and now we're in it, I don't wanna paint this town alone…When I see you smile I always feel at home. 

Nós repetimos o refrão todos juntos enquanto perturbávamos Joe para que ele cantasse também. Ele apenas revirou os olhos e achei que realmente não fossemos conseguir fazê-lo mudar de ideia, mas então ele entrou na brincadeira e começou a cantar também, me olhando de lado com um meio sorriso enquanto o fazia.
__ Now that you're here__ ele cantou e eu fiz a segunda voz__ It's suddenly clear, The Sun's coming through, I never knew, Whatever I do, Is better with you (it's better with you).
A cantoria continuou por um tempo, depois seguimos apenas conversando e fizemos paradas para comer alguma coisa e ir ao banheiro. Só a viagem até a casa do lago já era revigorante, a paisagem era muito bonita. Mas perto do fim da viagem as crianças começaram a se entediar de estar dentro do carro e deram graças a Deus quando finalmente chegamos, eles quase passaram um por cima do outro para sair de dentro do carro.
__Pronto, a tortura acabou... Nós chegamos.
A casa do lago era bem grande, toda de madeira, tinha uma aparência antiga, mas era bonita de se olhar. Por todo lado só havia natureza, árvores e mais árvores, e o lago em si ficava na parte de trás da casa. Joe disse que não ia aquela casa já faziam anos, mas estava tudo em perfeita ordem e limpo, pois sua mãe mandava alguém periodicamente para limpar e arrumar tudo.

__Ok, nós temos cinco quartos__ Joe avisou__ dois no andar de baixo e três lá em cima. As crianças podem ficar aqui em baixo, as meninas em um e os meninos no outro... Separados entenderam?
__Estraga prazeres__ Diogo resmungou brincando.
Deixamos as crianças para escolherem em qual quarto ficariam e arrumar suas coisas e fomos ao segundo andar. Como Peter e Molly eram os casados da turma, ficaram com o quarto maior, ninguém objetou na escolha. Selena e Justin ficaram em outro e eu e Joe no ultimo, com vista para o lago bem atrás da casa.
__Se importa de dividirmos o quarto?__ Joe perguntou.
__Não, eu não me importo.

É verdade que fiquei um pouco nervosa com a ideia de dormirmos juntos, nós já tínhamos transado uma vez, mas depois disso combinamos de ir com calma no nosso relacionamento e não tínhamos passado dos beijos. Eu ainda ficava nervosa com ele, como uma adolescente quando está com seu primeiro namorado, mas engoli minha covardia e sorri como se fosse a mulher mais confiante do planeta, o que era uma grande mentira.
O quarto era grande e aconchegante, e bem claro. Os lençóis da cama de casal eram todos brancos, assim com as cortinhas e o sol que entrava pela janela deixava tudo claro, como um mundo sem cores, mas era reconfortante.

__Esse lugar é tão lindo__ comentei olhando pela janela para a natureza lá fora__ tão tranquilo.
__Eu vinha muito aqui com meus pais e o Kevin quando era criança, eu sempre adorei esse lugar__ ele sentou na beirada da cama__ agente corria pela grama, nadava no lago, inventava um monte de brincadeiras. Não tínhamos trabalho, preocupações, eu sinto falta desse tempo.
__Todos sentimos__ me sentei ao lado dele na cama__ quando foi a ultima vez que esteve aqui?
Ele parou para pensar um minuto e olhou para as próprias mãos, girando a aliança no dedo, ele ainda a usava, mas não deixei que esse fato me incomodasse, cada coisa tinha seu tempo para ser superada e deixada para trás.
__Foi com a Rachel, antes do Matthew nascer__ ele respondeu por fim__ passamos uma semana aqui, depois nunca mais voltei.
Ficamos em silencio durante um tempo, no começo esses silêncios eram desconfortáveis, mas agora não.
__Quer ir até o lago?__ ele perguntou depois de um tempo.
__Claro.
Nós dois trocamos de roupa, mas antes de sairmos e encontramos todos lá fora, Joe me chamou.
__O que foi?
__Tem um coisa que eu queria te dar__ ele disse e tirou uma caixa de dentro da sua mala__ lembrei de uma conversa que tivemos e achei que você fosse gostar.
__Não precisava me comprar nada.
Abri a caixa, curiosa para ver o que tinha dentro e quando terminei de desembrulhar por um momento fiquei sem fala.
__Não acredito__ exclamei quando vi a câmera, era profissional, muito parecida com a que eu tinha vendido__ Joe, eu não...
__Não vai vir com aquele papo de que não pode aceitar não é?__ ele fez careta__ é um presente, e vou ficar ofendido se recusar. Você disse que sentia falta e agora que estamos num lugar tão bonito achei que gostaria de registrar tudo.
__Eu nem sei o que dizer__ estava emocionada, fazia muito tempo que não pegava em uma câmera e como eu tinha sentido falta de fazer aquilo que eu tanto gostava__ obrigada Joe, de verdade, eu adorei o presente.
Ele sorriu satisfeito por eu ter gostado e aproveitei para capturar o momento com minha nova câmera.
__Minha primeira foto__ eu disse contente e depois o abracei.

Depois disso fomos nos juntar aos outros, eles estavam conversando animadamente. Selena estava estirada em uma espreguiçadeira pegando sol com um enorme sorriso no rosto, Molly também estava lá e fui me juntar a elas, deixando Joe com Peter e Justin. Os adolescentes sumiram no meio das árvores e Manuela ficou na varanda brincando com Richard.
__Me digam, porque nunca viemos aqui antes?__ Selena perguntou sorrindo__ este lugar é um paraíso.
__Estávamos mesmo precisando de férias__ Molly disse__ Joe é um gênio.
__Devemos tudo isso a Demi__ Selena disse me olhando de lado__ sabe que ele só está fazendo isso por sua causa né?
__Por minha causa?
__Ele está caidinho na sua Demi, completamente encantado__ ela se sentou pra me olhar melhor__ Faz anos que Joe não tira férias, o trabalho é a vida dele Demi, mas ele largou tudo pra poder passar mais tempo com você.
__Você acha?
__Você tem alguma dúvida?__ ela riu__ tão inocente... Ele gosta de verdade de você.

Olhei para trás, para onde Joe estava conversando com Peter e Justin, e o modo como ele sorria, tive que sorrir também.
__Eu também gosto muito dele__ mordi o lábio__ muito mesmo, mas ainda estamos indo com calma... Em fase de teste sabe?
__Bobagem__ ela revirou os olhos__ você devia era agarrá-lo de uma vez, vocês tem tudo para dar certo.
__Eu concordo__ Molly disse__ agora que vamos passar uma semana nesse paraíso, vocês têm que aproveitar a chance e passar de fase sabe? Seguir adiante... Tem que oficializar logo esse romance e ser feliz.
Eu não sabia se elas estavam certas, ainda achava que ir com calma era a melhor opção, mas eu tinha toda a intenção do mundo de aproveitar completamente aquela semana longe das preocupações. Peguei minha nova câmera e tirei uma foto dos homens conversando, depois das mulheres e então da linda paisagem.
__Porque esse sorriso?__ Selena perguntou me fitando.
__Por nada.
Joe apareceu uns minutos depois e me convidou para dar uma volta pelo terreno. Segurei sua mão e o segui sorrindo.
Um pouco afastado da casa havia uma pequena cachoeira, com várias árvores em volta e em uma delas estava amarrada uma corda grossa. Joe sorriu quando viu e se aproximou com cuidado, segurando-a na ponta.
__Quando éramos crianças, eu, meu irmão e o Peter vínhamos até aqui__ ele disse__ agente se pendurava na corda e pulava dentro da cachoeira, era muito divertido. Minha mãe não gostava é claro, ela tinha medo que agente caísse e batesse a cabeça, mas nunca ouvíamos o que ela dizia.
__Eu sempre tive vontade de fazer isso__ disse rindo__ parece divertido.
__Quer tentar?
__Oh, não__ neguei rindo__ já passei da idade de fazer essas coisas, estou velha pra isso.
__Eu sou mais velho que você e não concordo com isso__ ele envolveu minha cintura com um braço__ vamos, é divertido.
__Não obrigado... Mas porque você não pula? Eu ia adorar ver isso.
__Eu pulo se você pular comigo__ ele desafiou.
__Não mesmo__ cruzei os braços e apenas ri, eu não ia fazer aquilo.

Mas ele não pareceu se importar com a minha vontade. Ele me segurou com força, sorrindo de orelha a orelha e antes que eu pudesse entender o que ele pretendia e me afastar, nossos pés estavam fora do chão e logo em seguida estávamos dentro da água gelada.
__Viu? Não foi tão ruim__ ele disse rindo.
__Eu não acredito que fez isso.
Por sorte eu tinha colocado minha câmera em um cantinho perto de uma árvore.
__Vamos, admita... Foi divertido. 
__Tudo bem, talvez um pouquinho__ admiti fazendo charme. 
Nós dois rimos e acabamos aos beijos ali na cachoeira. Quando saímos da água tirei mais algumas fotos dele, Joe não gostava muito de tirar fotos, mas saiu lindo em todas elas, com aquele sorriso lindo que eu amava, ou meio tímido às vezes. Passamos a maior parte do dia sozinhos andando pelo terreno, esbarramos nas crianças algumas vezes que estavam explorando o lugar e concerteza aprontando alguma coisa, e durante todo o tempo fiquei pensando no que Selena me dissera, tentando decidir se ela estava ou não certa. 


Fim do Capítulo