quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Capítulo 26

Entrou no táxi apressada, desejando que a cidade não estivesse tão engarrafada quanto geralmente estava naquele horário. Deu o endereço para o motorista e se acomodou no banco tentando ficar calma e não pensar no quanto Makedde iria xingá-la pelo atraso. Não teve culpa se a lavanderia havia demorado tanto para entregá-la a roupa.
Observou as luzes da cidade e sorriu sozinha. Depois de tantos meses de intenso estudo, estava finalmente indo à uma festa, merecia um descanso.
O celular vibrou e ela leu a mensagem de Makedde; “Cadê você?”. Preferiu não dizer exatamente onde estava ou a amiga iria saber que tinha acabo de sair do flat. “No táxi, estou a caminho”, respondeu simplesmente.
Depois de quase meia hora entre alguns pequenos engarrafamentos, o táxi parou em frente a um casarão iluminado, cheio de fotógrafos e seguranças na frente. Uau, essa banda é mesmo famosa, pensou. Pagou o motorista e desceu do carro se ajeitando.


- Convite. – O segurança pediu, a olhando sem expressão.
Mostrou o convite VIP que Makedde havia lhe dado, e insistido que não esquecesse de forma alguma, e entrou pelas enormes portas brancas, sem nem notar o cartaz com a foto da banda que pendia na parede.
Teve que esperar alguns segundos para se acostumar com as luzes que atingiram seus olhos e a música tão alta que faziam sua cabeça latejar.
Olhou em volta, procurando por Makedde, mas percebeu que encontrá-la por ali seria tarefa quase impossível. Desviou de algumas pessoas que conversavam animadas e outras que dançavam sem se preocupar com qualquer outra coisa e passeou pela casa tentando se familiarizar. Algumas pessoas sorriram para ela, fazendo-a se perguntar se era assim que pessoas VIP’s se tratavam nas festas.
Um garçom ofereceu champanhe e ela sorriu, pegando a taça e agradecendo. Resolveu descansar um pouco no bar e observar com mais atenção as pessoas no local. Pensou ter visto dois rostos conhecidos passarem, mas a única pessoa que conhecia na festa era Makedde. Ou champanhe era forte demais, ou sua resistência ao álcool estava muito fraca.
Sentiu uma mão em seu ombro e se virou sorrindo.


- Aí está você! – Makedde a abraçou um pouco esganiçada.


- Calma, já cheguei. – Brincou.
Podia jurar que a amiga estava um pouco em alerta e abafada demais.


- Mak, o que houve? Você tá pálida!


- Nada. Eu, pálida? Deve ser o álcool. – Riu disfarçando. – Opa, mais um aqui! – Pediu, vendo o garçom se aproximar com uma bandeja de champanhe.
Demi apertou os olhos observando a amiga, mas acabou esquecendo o assunto, talvez fosse mesmo o álcool. Makedde a puxou para dançar e ela se rendeu a alegria contagiante dela. Um DJ tocava as músicas animadas do momento e parecia que todos por ali estavam gostando. Deixou-se levar pelo ritmo e dançou o máximo que pôde. Precisava mesmo esquecer os estudos e finalmente se divertir.

Prendeu o cabelo em um coque mal feito e se abanou com as duas mãos. Era impressão ou há meia hora o clima estava mais fresco? Makedde riu, ajudando-a a se abanar.


- Como você agüenta dançar tanto? – Perguntou, vendo Mak dar de ombros. – Preciso retocar a maquiagem, devo estar parecendo uma louca suada e com a maquiagem escorrendo.


- Eu vou pegar mais champanhe. Encontro você no bar. - Mandou beijos no ar e se afastou, ainda dançando animadamente.
Demi sorriu observando a amiga e desejando ter metade da disposição que ela tinha para festas. Makedde definitivamente sabia como se divertir.
Caminhou pelo casarão, desviando de pessoas que dançavam tão animadas quanto ela e Mak dez minutos antes. Não havia reparado na quantidade de gente que estava ali e nem o quão imensa aquela casa era.
Desceu alguns degraus e entrou em um ambiente completamente diferente do que estava antes. As luzes eram menos violentas em seus olhos e a música mais baixa, as pessoas também não pareciam tão animadas e sim mais sérias. Era quase como se estivesse entrando em outra festa.


- Com licença. – Tocou no ombro de uma senhora que usava uniforme. – Pode me dizer onde fica o toilet? – A mulher a instruiu a seguir até o final da sala e entrar no corredor. Sorriu agradecida e caminhou lentamente, ainda observando ao redor.
Assustou-se um pouco ao ver seu reflexo no espelho. O cabelo estava desarrumado, o rosto brilhava de suor e o batom já havia ido embora há muito tempo. Pegou o pequeno kit de maquiagem que sempre levava consigo e começou o trabalho, não iria conseguir ficar como estava antes, claro, mas tentaria amenizar o estrago que quase uma hora de dança continua havia feito.
Começou secando o rosto com um papel próprio para isso e depois retocou a base e o blush. Passou outra camada de lápis embaixo dos olhos e um pouco mais de rímel. Adorava fingir que tinha enormes cílios, Makedde havia lhe dado aquele rímel e desde então não conseguia sair de casa sem ele. Passou um pouco de brilho nos lábios e ajeitou rapidamente o cabelo, ficando satisfeita com o resultado.
Saiu do toilet se sentindo muito melhor do que antes, nada como uma boa maquiagem para levantar o astral de uma mulher. Podia até sentir seu andar mais confiante e algumas pessoas a olhando diferente. Ou podia ser só sua imaginação.
Mais uma vez um garçom a ofereceu champanhe e ela aceitou, sabendo que já estava ficando um pouco bêbada, ou talvez só alegre demais.
Voltou para a parte da casa onde as luzes eram fortes demais e a música preenchia completamente o ambiente. Avistou facilmente Makedde conversando com um homem alto e muito bonito e sorriu sozinha. Pelo menos alguém iria se dar bem aquela noite. Não se importava de ir embora sozinha, não seria a primeira vez de qualquer forma. Uma garota como Makedde chama realmente a atenção, se fosse ficar chateada por ela abandoná-la para sair com um cara, teria que cortar a amizade ou viveriam brigando.
Quando foi beber um gole do champanhe, alguém passou apressado, esbarrando em suas costas e a fazendo derramar o liquido, por sorte no chão e não na própria roupa. Ouviu uma voz masculina pedir desculpa, mas quando olhou, ele já havia sumido de vista.


- Idiota. – Xingou baixo, abanando a mão molhada.

Alguém tocou seu ombro, soltando uma risada baixa.

- Desculpa, meu amigo estava apressado.
Virou-se, já pronta para dar um sorriso amarelo e pedir para que ele mandasse o amigo para merda, mas ao encontrar um rosto conhecido, deixou que a taça caísse no chão. O volume alto da música abafou o som, apenas algumas pessoas próximas olharam assustadas.
O garoto a olhou, tão assustado quanto ela mesma.
Demi sentiu uma pessoa varrer rapidamente o vidro espalhado pelo chão, mas seus olhos estavam presos no menino a sua frente. Aquilo não podia ser efeito do álcool, era real demais. Piscou os olhos mesmo assim, apenas para ter certeza.


- Dem! – Nick finalmente falou. – Não acredito. – Antes que ela dissesse qualquer coisa, ele a abraçou, deixando-a ainda mais sem reação.


- O-oi. – Conseguiu dizer quando ele a soltou do abraço. Podia sentir seu rosto congelado, incapaz de transparecer qualquer emoção. – Eu... Você... – Balançou a cabeça, tentando formar a pergunta e fazê-la sair corretamente por sua boca. – O que você está fazendo aqui?


- É a after party do show do McFLY! – Riu.

Demi o olhou sem entender. Que McFLY?

- A banda. Minha banda. – Nick explicou, entendendo a confusão no rosto dela. – Quer dizer, nossa banda. Eu, o Chris, o Kevin e o Joe.
Havia tanto tempo que Demi não ouvia aquele nome fora dos seus pensamentos que pôde jurar que o coração pulou algumas batidas. Sentiu suas mãos tremerem e uma leve tontura a dominar por breves segundos.


- Opa. – Nick segurou seu braço. Talvez a tontura tenha durado mais do que ela imaginou. – Tudo bem? – Perguntou preocupado.
Demi tentou sorrir para deixar claro que estava tudo certo, mas seus músculos faciais ainda estavam congelados. Abriu a boca, tentando dizer alguma coisa, mas as palavras estavam presas em sua garganta.


- McFLY? – Acabou dizendo.
Fechou os olhos por um segundo e lembrou-se de uma garota que vira com a camisa de uma banda que ela pôde jurar conhecer os rostos, mas não teve tempo de verificar já que a garota sumira rapidamente de sua vista. McFLY era o que estava escrito, por isso teve a estranha sensação de conhecer os rostos estampados no tecido. Ela os conhecia de fato, mas como poderia saber? 


- Vocês são a banda... – Apontou para qualquer lugar, esperando que ele entendesse o gesto.


- Sim, fomos nós que nos apresentamos. Você não viu? – Perguntou, confuso.


- Eu, hm... – Não queria dizer que nem se interessou em conhecer a banda e só queria mesmo ir à festa. – Cheguei atrasada. Coisas do curso. – Explicou.
Nick a olhou sorrindo, um sorriso bobo que ela já nem se lembrava de sentir falta. Podia quase ver as memórias passando pela cabeça dele, ninguém deixava transparecer tanto o que estava pensando como Nick. Sorriu de volta, um pouco sem jeito.


- Cara, nem acredito que você é real. – Ele tocou seu braço, como se quisesse confirmar que não era imaginação.


- Pensei a mesma coisa alguns minutos atrás. – Sorriu amarelo.
Precisava sair logo dali, sabia o que viria a seguir e não estava certa de que estava preparada. Procurou por Makedde e viu que ela a observava do bar. Seu olhar era de espanto e seu rosto estampava um pedido de desculpa. Ela sabia, pensou. Por isso toda aquela afobação no começo da festa, por isso estava pálida e tentou disfarçar.


- Nick, eu... – Apontou para Makedde, mas antes que pudesse dizer mais alguma coisa a mão dele segurou seu braço.


- Achei os caras. Vem, eles vão adorar te ver.


- NÃO! – Gritou, o assustando. – Quer dizer... Eu meio que deixei uma amiga sozinha e er... Tenho que encontrá-la. – Apontou o lado oposto de onde ele estava te levando.
Nick olhou ao redor, desconfiado. Observou o rosto em pânico dela e soltou seu braço, entendendo o que ela queria dizer.


- Tudo bem, não vou te obrigar. – Sorriu amigável.
Demi pôde sentir seu rosto esquentar, estava agindo como uma criança e sabia disso, mas tudo havia acontecido muito depressa. Não sabia se podia agüentar o que viria a seguir.


- Desculpe. – Respondeu sincera. – Fico feliz por saber do McFLY. Boa sorte com isso. – Beijou a bochecha dele e se afastou o máximo que conseguiu. Lançou um olhar para Makedde que entendeu imediatamente o que ela queria.


- O que aconteceu? – Mak perguntou, segurando a amiga pelos ombros quando chegaram do lado de fora do casarão. – Me conta!


- Nada! Não aconteceu nada. – Suspirou. – Aquele é o Nick.


- Eu sei, reconheci das fotos que você já me mostrou. Não consegui reconhecê-los no show, mas quando cheguei aqui e vi aquela foto – Apontou para o cartaz preso na parede. – reconheci o Joe na hora.


- Não sei o que fazer. – Confessou, mordendo o lábio com força.
Sua mente gritava para que ela fosse embora e esquecesse, mas seu coração sabia que ela não iria conseguir parar de pensar nisso. Queria voltar lá, queria encontrar os garotos, queria mais do que tudo poder ver Joe, mas tinha medo da realidade. E se ele não fosse mais seu? E se ele a odiasse?


- Espero que você não esteja se perguntando se ele te odeia. – Makedde segurou sua mão. Deixou um riso escapar, às vezes podia jurar que ela lia sua mente. – Dem, olha pra mim. – Pediu, carinhosa. – Ele não te odeia, ele não vai sair correndo quando te ver e aposto que não vai te ignorar.


- Mas e eu? O que eu vou fazer? – Desesperou-se. – Mak, é o Joe! Sei que pode parecer drama, mas é ele. O cara que eu amei a vida inteira e perdi contato há um ano. O cara que atormenta meus sonhos e que eu chamo durante a noite...


- Eu sei, eu sei! – Makedde a interrompeu. – E é por isso mesmo que você vai entrar nessa casa agora e vai atrás dele... Ou deles. Tanto faz. – Balançou a cabeça. – Você não vai fugir e nem se esconder. Vai encarar a realidade e vai fazer isso de queixo erguido, entendeu?
Demi concordou com um aceno de cabeça e respirou fundo.


- Tem certeza? – Olhou em dúvida para a amiga que a empurrou em direção a porta da casa.

Caminhou entre as pessoas, esbarrando sem querer em algumas e pedindo desculpas desajeitadamente. Certo, como ela iria encontrá-los no meio daquelas pessoas? Havia esbarrado em Nick por acaso, não fazia idéia de onde eles podiam estar. Continuou caminhando na esperança de esbarrar com alguns deles de novo, mas depois de quase dez minutos rodando pela casa, cansou e sentou-se em um dos banquinhos do bar.


- Champanhe, senhorita? – Um garçom sorriu, mostrando-lhe a bandeja com taças de champanhe.


- Hm, não, obrigada. Preciso estar sóbria parar lembrar o que vai acontecer essa noite. – Respondeu, mais para si mesma do que para o garçom. Ele a olhou sem entender e voltou a oferecer champanhe pela festa.
Demi deu uma última olhada em volta, já pensando na reação de Makedde quando a encontrasse e dissesse que não havia encontrado os garotos. Sabia que ela a mandaria voltar e procurar novamente. Quando seus olhos passearam pelo fundo da enorme sala, viu um rosto conhecido, rindo de alguma coisa que outro rosto conhecido havia falado.


- Licença! – Praticamente berrou, afastando as pessoas e caminhando em direção ao grupo de amigos. – Não sumam. Não sumam. – Implorava, tentando não errar a direção.
Antes que pudesse perceber, estava parada em frente a três garotos. Um deles lhe olhava com um sorriso no rosto e os outros dois arregalaram os olhos ao vê-la.


- Então vocês são o McFLY? – Perguntou, sem conter um sorriso.


- Tá brincando? – Chris a abraçou, levantando-a um pouco do chão.
Kevin repetiu o gesto do amigo e a fez dar uma voltinha para ter certeza de que era ela mesma.


- É ela mesmo. – Nick riu. – Já belisquei pra ver se era real.


- Claro que sou eu, idiota. – Reclamou, sem esconder um sorriso no canto dos lábios. – Como eu não fiquei sabendo sobre o McFLY? – Perguntou, incrédula.
Os três ficaram calados, sem saber o que responder, e ela percebeu o que tinha falado. Não ficara sabendo sobre a banda porque deixara de falar com Joe há muito tempo. Lembrou quando ele disse que os garotos tinham assinado com a gravadora, mas depois daquilo os e-mails e telefonemas trocados foram ficando mais curtos e raros, até pararem completamente.


- É tão bom ver vocês. – Mudou de assunto, sorrindo para os três garotos à sua frente.
Três.
Não quatro. Três.
Onde estava o quarto, afinal?


- Ei, Joe! – Nick acenou para alguém atrás dela.
Sentiu seu sorriso congelar, assim como todo o resto de seu corpo. Não sabia se conseguiria virar e encará-lo. Não sabia o que iria acontecer, mas não iria fugir novamente.
Observou os rostos apreensivos de Kevin e Chris e engoliu em seco, virando-se lentamente.
Quando seus olhos encontraram os dele, sentiu o ar lhe faltar e o coração acelerar, quase rasgando seu peito. Não conseguia mais ouvir a música ou as vozes das pessoas ao redor. Tudo havia sumido. De repente estavam sozinhos, estavam novamente vivendo no mundinho impenetrável deles. Era como se nada tivesse acontecido. Os olhos dele estavam cravados nos seus e era só isso que ela conseguia ver.
Mas a realidade a atingiu em cheio quando um casal ficou entre os dois, quebrando a troca de olhares. Virou novamente de frente para Nick, Chris eKevin e puxou o máximo de ar que pôde. Mais um pouco e ela jurou que poderia desmaiar.


- Oi. – Uma voz suave e neutra atingiu seus ouvidos. A mesma voz que atormentou sua mente durante dois longos anos.
Olhou para sua direita e o encontrou, mais próximo do que esperava. Sorria!, ouviu a voz de Mak gritar em algum lugar de sua mente.


- Oi. – Sorriu da melhor forma que pôde.
Olharam-se durante alguns segundos, apenas para confirmarem que aquilo estava mesmo acontecendo. Demi pigarreou, sentindo o rosto esquentar.


- Parabéns pelo hm... McFLY. – Apontou os garotos.
Joe não respondeu, apenas acenou com a cabeça em forma de agradecimento.
O silêncio se instalou entre os cinco. Demi tentava disfarçar o nervosismo direcionando o olhar para todos os cantos, menos para o garoto ao seu lado. Mas ainda assim podia sentir o olhar dele a perfurando.
Arriscou olhar para o lado e, mais uma vez, seus olhos encontraram os dele que a observava tão concentradamente. Percebeu que ele não estava com vergonha por olhá-la daquela forma, seus olhos analisavam cada detalhe de seu rosto, cada movimento que ela fazia.
Sentiu vontade de abraçá-lo, de sentir seu perfume de novo, de sentir a pele quente dele contra a sua. Queria sentir todas aquelas sensações que não sentia há muito tempo. As sensações que ela sabia que nunca sentiria com nenhum outro homem. Perguntou-se se era isso que ele estava pensando enquanto a analisava. Perguntou-se se ele podia perceber que era isso que ela estava pensando enquanto o olhava. Não sabia se ele queria que ela dissesse alguma coisa. Um pedido de desculpa talvez? Mal conseguira dizer oi, um pedido de desculpa estava fora de questão naquele momento.


- Ei. – A voz de Makedde a fez desviar os olhos do rosto de Joe. – Você demorou, estava ficando preocupada. – Sorriu sem graça, olhando o rosto dos garotos que estavam ali.


- Mak. – Demi falou, um pouco histérica. Sentiu um alivio imediato ao ver o rosto da amiga. – Meninos, essa é a Makedde. Mak, esse é o McFLY. – Riu. – Chris, Kevin, Nick, - apontou cada um dos meninos. – e Joe.


- Olá. – Acenou. – O show foi ótimo. 


- Brigado. – Os quatro responderam ao mesmo tempo.
Makedde apertou a mão de Demi, apenas para mostrar que estava ali caso ela precisasse. A amiga agradeceu com um sorriso discreto.
Uma garçonete aparentemente ainda adolescente apareceu com mais uma bandeja de champanhe, fazendo Demi se perguntar quantos litros de champanhe havia na festa e se não havia nenhuma outra bebida. A adolescente sorriu, observando os garotos e parecia se controlar para não gritar.


- Sou fã de vocês! – Disse, rápido, ficando corada em seguida.


- Obrigado. – Chris respondeu educadamente. – É bom saber que temos fãs japoneses. – Sorriu.


- Claro, claro. Eu e minhas amigas amamos vocês. – Um riso nervoso escapou por seus lábios.
Demi sorriu sozinha. Será que era sempre assim agora? Fãs histéricas, dizendo o quanto os amava e querendo autógrafos e abraços.


- E você é lindo. – A menina sorriu para Joe e o suas bochechas adquiriram um tom quase vermelho. 


- São seus olhos. – Joe sorriu, um pouco sem graça, fazendo a garota soltar um suspiro e os garotos rirem. 


- Champanhe? – Ela finalmente ofereceu.
Joe pegou duas taças e ofereceu uma para Demi, deixando-a sem reação. Sorriu, tranqüilizando-a e a viu sorrir de volta, pegando a taça. Viu a garçonete acompanhar a cena e olhar de um para o outro, desconfiada.
Um silêncio constrangedor se instalou enquanto eles bebiam a champanhe e se entreolhavam, ainda sem saber direito o que fazer ou dizer.
Makedde ainda segurava com firmeza na mão de Demi, mas os constantes apertões que a amiga dava estavam começam a incomodá-la. Queria ir dançar e sair logo daquele ambiente pesado. Não que não tivesse gostado dos garotos, eles lhe pareceram simpáticos, mas podia sentir o desconforto de todos naquela roda, nem mesmo a garçonete havia se livrado.


- Hm, Dem, você pode ir comigo até... ali? – Apontou pra trás, sem dar muita importância para o que havia ali.


- Ah, claro. – Sorriu.


- Foi um prazer conhecer vocês. – Makedde acenou para os garotos.


- Eu falo com vocês depois. Acho. – Demi ia se afastar com apenas um sorriso, mas viu Nick a olhar carinhosamente e abrir os braços, num pedido mudo por um abraço.
Merda.


- Senti sua falta. – Ele sussurrou.


- Também senti sua falta. – Confessou no mesmo tom.
Abraçou Chris e Kevin rapidamente, desejando poder sair correndo depois, mas lá estava Joe, com um sorriso misterioso no canto dos lábios, confundindo-a ainda mais.
Passou os braços em volta do pescoço dele e sentiu um abraço firme em sua cintura. Sentiu seu perfume inebriante atingi-la, deixando-a tonta, assim como o contato com a pele dele, que fez seu corpo esquentar de imediato. A respiração pesada dele batia em seu cabelo, arrepiando-a por inteiro.
Poderia ficar ali nos braços dele pelo resto da noite. Poderia adormecer daquela forma, como já fizera muitas vezes. Poderia até enterrar o rosto no pescoço dele, deixando-se levar pela maciez de sua pele. Mas apenas deixou que seus braços o soltassem e se afastou, vendo o olhar dele seguir calmamente seus movimentos.

Demi observava Makedde dançar animadamente, atraindo a atenção dos homens ao seu redor, enquanto praticamente virava taças de champanhe de uma só vez. Não estava no clima para dançar, mas ficar sentada naquele bar já estava ficando depressivo. Dois caras já haviam se aproximado dela, mas dera um fora neles apenas com o olhar.
Pegou mais uma taça e finalmente se levantou, juntando-se a amiga no meio das pessoas. Com um sorriso sensual no rosto, ela mexeu o corpo no ritmo da música e percebeu alguns olhares, que antes estavam presos em Makedde, se virarem para ela. Sentiu-se satisfeita por saber que os caras a achava interessante.
Música depois de música ela dançou e bebeu. Mak já havia arrumado um pretendente e havia sumido há alguns minutos, deixando-a sozinha, entretida demais para parar de dançar. Olhou ao redor, tentando achar um garçom para encher novamente sua taça e encontrou um par de olhosVerdes a encarando com intensidade. Um nó se formou em sua garganta, mas ela não estava disposta a deixar que ele percebesse isso.
Como num filme, uma música, que de tão ideal para o momento pareceu irônica, começou a tocar. Deixou que um sorriso malicioso aparecesse em seu rosto e se aproximou de onde Joe estava, mas ainda mantendo distância. O álcool que corria em seu sangue lhe dava ousadia suficiente para fazer aquilo, mas um aviso de perigo ainda apitava em sua mente.

I was missing you, you were miles awayEu estava sentindo sua falta, você estava muito longe
He was close to me I let him stayEle estava perto de mim eu o deixei ficar
Then, I closed my eyes he almost felt the sameEntão fechei meus olhos ele quase sentiu o mesmo
But when the morning broke I cried out your nameMas quando amanheceu eu gritei seu nome
If I'd only known it would break usSe eu soubesse que isso iria nos separar
I'd done anything just to save usTeria feito qualquer coisa pra nos salvar.

Agora ela podia sentir todos os olhares das pessoas ao redor sobre si. Apenas um deles realmente a interessava e era esse olhar que acompanha o movimento do seu corpo e dos seus lábios que acompanhavam a música. Ela podia ver claramente a tensão no corpo de Joe, a censura em seus olhos estava explícita, mas ela estava se deliciando com aquele momento. Queria que ele sentisse exatamente o que ela estava sentindo, queria deixar claro sua vontade.

'Cause you're all I have when the world comes down on mePorque você é tudo que eu tenho quando o mundo desaba em mim
You're the one I love and I'm begging you to seeVocê é o único que eu amo e eu imploro pra que você veja
You're all, you're all, you're all I haveVocê é tudo, tudo, tudo que eu tenho
You are, you are the one I loveVocê é, você é o único que eu amo
You're all, you're all, you're all I haveVocê é tudo, tudo, tudo que eu tenho.

You've forgiven me but it doesn't changeVocê me perdoou, mas isso não muda
The guilt I feel when you mention his nameA culpa que eu senti quando você mencionou o nome dele
No more innocence, how to trust again?Chega de inocência, como confiar de novo?
Wanna believe that you won't do the sameQuero acreditar que você não fará o mesmo
And every time we fight we're getting closerE todas as vezes que brigamos estamos nos aproximando
I slowly die inside I'm scared it's overEu morro lentamente por dentro tenho medo que seja o fim.

Ela mal podia acreditar no quão conveniente aquela música estava sendo. Todas aquelas palavras, aquilo era tudo que ela queria poder dizer para ele e sabia que não teria coragem. No meio da música ela já nem se dava mais conta do que estava acontecendo ao seu redor. Seus olhos estavam cravados nos dele e seus movimentos já haviam saído do seu controle, apenas acompanhava o ritmo e a letra da música.

'Cause you're all I have when the world comes down on mePorque você é tudo que eu tenho quando o mundo desaba em mim
You're the one I love and I'm begging you to seeVocê é o único que eu amo e eu imploro pra que você veja
You're all, you're all, you're all I haveVocê é tudo, tudo, tudo que eu tenho
You are, you are the one I loveVocê é, você é o único que eu amo
You're all, you're all, you're all I haveVocê é tudo, tudo, tudo que eu tenho.

Your love for me was always thereSeu amor por mim estava sempre lá
Maybe too much for me to careTalvez muito pra eu me importar
Now that I know I messed it upAgora que eu sei que eu baguncei tudo
I'd give my all to take it backEu daria tudo para tê-lo de volta.

Assustou-se ao perceber que um cara estava dançando em sua frente, interrompendo seu contato visual com Joe. O olhou com raiva, mas viu que ele sorria malicioso e dançava aproximando-se dela. Tentou dar alguns passos e se afastar, mas ele segurou sua cintura e apertou contra si.


- Não. Me solta! – Falou, alto. Ele a olhou e, soltando um palavrão, se afastou.
Demi olhou em volta, esperando encontrar novamente aqueles olhos, mas a música terminou e as luzes que antes iluminavam a pista de dança diminuíram quando uma música lenta começou.
Passou a mão pelo cabelo, sem se importar com o quão suado ele estava e sentiu a respiração ficar mais pesada. O que ela havia feito?


- Mak. – Sussurrou, implorando para que a amiga estivesse por perto. – Mak. – Chamou, sentindo as lágrimas chegarem até seus olhos.
Um grupo de pessoas animadas passou, esbarrando-se nela, fazendo-a se desequilibrar e cair no chão. Nenhum deles sequer olhou pra trás. Ali, sentada no chão e sozinha, ela deixou que as lágrimas caíssem e o choro infantil que ela vinha tentando prender há tempos finalmente se libertasse.



# Flashback (1 ano antes)

Saiu do banho e se enxugou lentamente, tomando cuidado com o cabelo que já estava perfeitamente arrumado. Olhou-se no espelho e sorriu ao perceber que o pesteado ainda permanecido intacto. Olhou o vestido em cima da cama e suspirou, estava fazendo aquilo apenas para atender aos caprichos de Joe que insistia em levá-la a sua festa de formatura.
Vestiu a calcinha que comprara especialmente para a ocasião e lembrou-se dos comentários de algumas garotas do colégio. Passava tão despercebida pela maioria das garotas que muitas delas nem se davam ao trabalho de interromperem a conversando quando ela entrava na sala ou passava pelo grupo. Segundo elas, a noite de formatura é importante para uma garota porque é quando a maioria delas perde a virgindade, seja com o namorado ou com seu par para a noite. Por que mesmo havia comprado uma lingerie nova? Não tinha namorado e as chances de perder a virgindade com seu par eram nulas.
Admirou o vestido por algum tempo antes de finalmente vesti-lo. Desejou que ele tivesse o mesmo efeito em Joe que tivera no dia em que o comprara. Se aquela noite não serviria para que ela perdesse a virgindade, que pelo menos mostrasse a Joe que Ela não era mais nenhuma garotinha.
Pegou o kit de maquiagem quase novo devido a falta de uso, e desejou ter alguém para ajudá-la a fazer aquilo. Pensou em sua mãe e no quanto ela ficaria orgulhosa por ver a filha se formar. O destino tinha mesmo de ser tão cruel? Lembrou dos conselhos que Claire havia lhe dado sobre maquiagem alguns anos antes e começou o trabalho, desejando apenas não ficar parecendo uma palhaça no final.
Às sete horas em ponto ouviu uma buzina e olhou pela janela, mesmo sabendo que era Joe, pontual como sempre.
Deu uma última olhada no espelho e ajeitou o cabelo preso em um coque que parecia mal feito, mas que havia dado trabalho a moça do salão. Sentiu-se satisfeita com o resultado da maquiagem e, pegando a carteira preta que um dia fora de sua mãe, saiu do quarto e desceu as escadas, respirando fundo e tentando controlar a ansiedade.
Encontrou o pai na sala, com uma cerveja em uma mãe e o controle da televisão na outra. Percebeu como ele se assustou ao vê-la e, por alguns segundos, sentiu medo do que ele poderia dizer. Atravessou a sala, agradecendo pelo silêncio e, quando chegou à portam ouviu a voz dele.


- Você está parecendo com ela. – Demi se virou e o olhou, sem entender. – Você está parecida com a sua mãe. – Explicou.
A garota sorriu, mesmo sentindo um nó se formar em sua garganta. Mordeu o lábio, sem saber o que responder, mas não foi necessário dizer nada, seu pai continuou falando.


- Divirta-se. Eu estou orgulhoso de você. – Seu olhar estava vidrado na televisão e a garota podia perceber o constrangimento na voz dele. Aquele não era o tipo de relacionamento que eles tinham.


- Obrigada. – Sussurrou antes de abrir a porta e sair para o ar frio do lado de fora.


- Ei. – A voz de Joe atingiu seus ouvidos e ela o olhou, assustada. Aquela conversa a fizera até esquecer o garoto do lado de fora da casa. – Tudo bem? – Ele se aproximou, a olhando com preocupação.


- Tudo bem. – Sorriu, disfarçando. – É só nervosismo.
- Vai dar tudo certo. Mão se preocupe. – Joe beijou sua bochecha e, só quando o perfume inebriante dele a atingiu, ela reparou realmente nele.
Vestia terno e calça pretos, camisa branca e uma gravata vermelha. Seu cabelo estava desajeitadamente penteado pra trás, dando um ar mais jovial à roupa. A tulipa em sua mão combinava com a gravata e um sorriso brincava em seus lábios quando ele estendeu a flor para a menina e ofereceu o braço para que ela o acompanhasse até o carro.
Se o resto da noite for como o começo, Demi pensou, então tudo vai ter valido a pena.

Finalmente, depois de quase duas horas, que ela julgou serem as duas horas mais entediantes e lentas da sua vida, Demi desceu do palco com o diploma na mão. Procurou Joe no meio da multidão de pais e familiares e comemoravam a formatura de seus filhos. Quando o avistou, percebeu que ele conversava com uma garota que, a principio, não reconheceu, mas quando chegou mais perto conseguiu ver direito o rosto dela.


- Claire! – Gritou, andando mais rápido até onde eles estavam. – Não acredito que você ‘tá aqui!
- Acha mesmo que eu perderia sua formatura? – Riu, abraçando a amiga. – O Joe me mandou um e-mail há algumas semanas, agradeça a ele.

Demi o olhou e sorriu, dispensando as palavras naquele momento.

- Então, vamos? A festa já deve estar começando.


- Vamos. – Um garoto loiro que estava logo atrás de Claire se pronunciou. Demi o olhou, sem conseguir reconhecê-lo.


- Ah, Dem, esse é o Gerard, meu namorado. – Claire apresentou.


- Ah sim, você falou sobre ele em um dos e-mails que me mandou no começo do ano. – Demi apertou a mão de Gerard e sorriu.


- Apresentações feitas, agora vamos para a festa. – Joe colocou a mão na base das costas da menina e a guiou pelo meio das pessoas que ainda se encontravam no teatro onde a cerimônia ocorrera.
A casa que fora alugada para a festa de formatura já estava lotada quando os quatro chegaram. Cada formando tinha direito a mais dois convites,Demi não sabia como eles entrariam com uma pessoa a mais, mas quando saiu do carro viu que todos estavam com um convite na mão.
Não demorou muito para que a área coberta da casa já estivesse abafada pela quantidade de gente ali dentro. A parte de fora também estava cheia e praticamente todas as mesas pareciam estar tomadas. As luzes coloridas e a fumaça dificultavam a visão, mas ninguém parecia se importar com isso, não havia uma só música que o DJ tocasse que não fosse aprovada pelos jovens animados que dançavam como se não houvesse amanhã.


- Pensando na vida? – A voz de Joe fez com que Demi se sobressaltasse. Estava tão perdida em suas memórias que não percebeu ele se aproximando.
Agradeceu o copo de refrigerante que ele colocou na mesa à sua frente e balançou a cabeça, negando a pergunta dele.


- Estava só... lembrando. – Deu de ombros.


- Algo em especial?
Ela estava pensando no quanto aquela pista de dança a lembrava da última festa do colégio que fora, mas sabia que a menção daquela lembrança traria um clima pesado. Olhou Claire e Gerard dançando juntos perto de onde eles estavam e sorriu sozinha, não deixaria aquela lembrança estragar a noite de ninguém.


- Nah, deixa pra lá. – Levantou-se. – Vem, vamos dançar. – Riu da cara que ele fez quando ela falou em dançar e o puxou pela mão até onde Claire e Gerard ainda dançavam.

I am in miseryEu estou na miséria
There ain't nobody who can confort meNão há ninguém que possa me confortar
Why won't you answer me?Por que você não me responde?
The silence is slowly killing meSeu silêncio está me matando lentamente
Girl you really got me bad, you really got me badGarota, você realmente me deixa mal, você realmente me deixa mal
I'm gonna get you back, gonna get you backEu vou ter você de volta, vou ter você de volta

Joe dançava fazendo movimentos engraçados e arrancando risadas da garota. A música tinha uma pegada sensual e, por vezes, ele encostava o corpo no dela e fazia alguma gracinha. Ela não conseguia saber se ele fazia de propósito, apenas para provocá-la, ou se não havia má intenção por detrás de seus atos.
Percebeu algumas garotas atrás dele, fazendo comentários com as amigas e rindo das besteiras de Joe. Há tanto tempo não saia com ele para algum lugar que já havia esquecido a facilidade com que ele atraia olhares de outras garotas. Ele não pareceu notar as garotas e, se notou, não demonstrou isso, pois continuou a brincar de provocá-la.
A hora das músicas lentas finalmente chegou, muitos casais rapidamente se formaram e a pista de dança pareceu ficar mais vazia, ou talvez era a apenas a impressão causada quando as pessoas se juntavam para dançar. Joe fez uma reverência exagerada e segurou a mão de Demi, fazendo com que ela desse uma voltinha antes de puxá-la para perto de si e começar a se movimentar tão lentamente quanto o ritmo da música.
Demi passou os braços pelo pescoço dele e deitou a cabeça em seu ombro, aproveitando para fechar os olhos e deixar que ele a guiasse.

So lay here beside me, just hold me and don't let goEntão deite-se aqui ao meu lado, abrace-me e não solte
This feelin' Im feelin' is somethin' I've never knownEsse sentimento que estou sentindo é uma sensação que eu não conhecia
And I just can't take my eyes off youE simplesmente não consigo tirar os olhos de você
And I just can't take my eyes off youE simplesmente não consigo tirar os olhos de você


O relógio no painel do carro marcava quase duas e meia da manhã quando Joe parou o carro em frente àquela casa já tão conhecida. Demi já estava adormecida no banco do carona, uma parte do seu cabelo já solta cobria seu rosto e o terno de Joe a protegia do frio.
Cutucou-a, tentando acordá-la, mas ela nem se mexeu. Riu sozinho, pensando em como ela poderia ter entrado em um sono tão profundo em tão pouco tempo.


- Dem. – Chamou, baixo.
Demi resmungou alguma coisa antes de abrir os olhos e o olhar, ainda desorientada.


- Já chegamos? – Perguntou, esfregando os olhos, esquecendo da maquiagem.


- Já, já chegamos. E você acabou de borrar toda maquiagem. – Joe riu.
Demi xingou baixinho e deu de ombros, já estava em casa mesmo. Tirou o terno de Joe e o entregou, arrepiando-se ao sentir o frio a atingir desprevenida.


- Obrigada pela noite, Joe.


- Se arrependeu de ter participado da formatura? – Ele brincou, lembrando que algumas semanas antes ela não queria ir de forma alguma.


- Não, não me arrependi. Obrigada por isso também, se você não tivesse me convencido, teria passado essa noite em casa e nem teria visto a Claire. – Demi sorriu, observando as próprias mãos que brincavam com o tecido fino do vestido.


- Não queria que você perdesse essa experiência só porque acha que ninguém na escola gosta de você.


- Eu não acho, tenho certeza disso. – O olhou.


- Você nunca deu uma chance a eles, deu?
Ela não precisou responder.


- Bom, agora é tarde demais. – Demi levantou os ombros. Pelo vidro do carro pôde ver as nuvens carregadas no céu. – É melhor eu ir antes que essa chuva caia. Obrigada mais uma vez.


- Não tem problema. Você mereceu tudo isso.
Demi sorriu e se aproximou para beijar a bochecha do menino. O olhou uma última vez e saiu do carro, estremecendo por causa do vento gelado. Tirou a chave de casa de dentro da carteira e olhou as luzes todas apagadas. Seu pai deveria estar dormindo, ou talvez nem estivesse em casa. Não iria ao quarto dele checar, estava cansada demais para fazer qualquer coisa que não fosse trocar de roupa e cair na cama.


- Ei. – Joe saiu do carro e correu até onde ela estava.
Demi se virou, assustando-se com a pressa dele.


- Quase esqueci o mais importante. – Ele riu, colocando a mão no bolso e tirando uma caixinha vermelha de lá. – Seu presente de formatura.


- Joe! – Demi sorriu, sem acreditar que ele tinha mesmo comprado algo para ela. – Não precisava ter comprado um presente. Você ter me levado lá e ainda ter chamado a Claire já foi o melhor presente de todos.


- Isso não foi nada, foi só pra te ver feliz. O presente é pra mostrar o quão importante você é pra mim e o quão orgulhoso eu estou de você.


- Pára! Você vai me fazer chorar. – Ela riu, sentindo algumas lágrimas se acumularem.
Abriu a caixinha vermelha e sorriu ao ver um colar de ouro com seu nome no pingente, na última letra havia um coração de brilhante.
- Gostou?


- Você ainda pergunta? Claro que gostei. É lindo. – O abraçou, sentindo-o beijar seu ombro e a apertar contra si. – Brigada.


- Não fica bom com esse vestido, mas vira pra eu colocar. – Falou, pegando o colar da mão dela.
Demi se virou e segurou o cabelo, deixando que ele colocasse o colar em seu pescoço. Quando ele terminou, segurou o pingente com seu nome e sentiu o pequeno coração na última letra. Uma lágrima solitária desceu por sua bochecha, mas antes que chegasse até a metade do caminho, Joe a limpou.


- Não chora.


- Desculpe. Eu só... Desculpe. – Respirou fundo, lutando para afastar todas as lágrimas que insistiam em embaçar sua vista.


- É melhor eu ir, você está cansada. Sem choro, promete? – Ele estendeu o dedo mindinho.
- Joe, não tenho mais dez anos. – Demi riu, afastando a mão dele.




- Shiu, promete! – Estendeu novamente o dedo.


- Prometo, vai. – Ela rolou os olhos. – Tchau, se manda!


- É, eu também te amo. – Brincou, beijando a testa dela. – Tchau.
Demi acenou, observando-o entrar no carro e se afastar rapidamente. Tocou a corrente em seu pescoço e sorriu novamente antes de entrar em casa e começar a repassar aquela noite na cabeça.


# End of flashback

O táxi parou em frente ao hotel e ela olhou a enorme estrutura do lugar, parecia ser no mínimo caro uma diária por ali, se por fora assustava, mal conseguia imaginar por dentro. Nunca conseguiria entrar ali, o que iria dizer? Que é a prima de um dos rockstars que está hospedado ali? Como se alguém fosse acreditar.
E se estivesse no lugar errado? Não podia nem ter certeza se era ali que eles estavam e sabia que não adiantaria perguntar, os seguranças não iriam responder.
Por que foi seguir o conselho de uma senhora de sessenta anos? Por que não foi para casa? Poderia estar em sua cama, tentando esquecer que aquela noite um dia existira. Tudo bem, a senhora de sessenta anos havia sido a única pessoa na festa que pareceu a ver caída no chão e se oferecera para ajudá-la. Também havia sido a única a lhe dar um copo de água com açúcar e xícaras de café para recuperar a sobriedade. Mas por que ela não podia ter ouvido sua consciência e ido para casa? Agora estava ali, sozinha na chuva, tentando imaginar se algo podia acontecer para salvá-la naquele momento.
Passou a mão pela testa, tirando o cabelo, que começava a ficar grudado à medida que a intensidade da chuva aumentava, e olhou em volta, tentando encontrar alguma saída para a enrascada em que tinha se metido. Não tinha dinheiro suficiente para pegar outro táxi e voltar pra casa e o celular insistia em dizer que estava fora de área, grande porcaria essa tal de tecnologia. Não podia ligar para Makedde e, mesmo se pudesse, ela provavelmente não atenderia. Não queria imaginar o que ela devia estar fazendo àquela hora.
Um dos funcionários do hotel a olhou com pena e ela sorriu sem graça. Quanto tempo até ele a expulsar dali achando que ela era alguma maluca bolando um plano maligno para invadir o hotel? Pelo menos estava bem vestida.


- Dem?! – Uma voz conhecida chamou sua atenção e ela viu Nick a olhar com os olhos apertados por causa da intensidade da chuva, apesar dele estar embaixo de um enorme guarda chuva que o funcionário do hotel segurava.
Nick ainda vestia a roupa da festa e parecia ter acabado de sair de lá. A garota acenou, em dúvida do que fazer, e viu o menino acenar para que ela fosse até a entrada do hotel, ainda do lado de fora da recepção.


- O que aconteceu? Por que você estava parada na chuva? Dem, você tá encharcada. – Observou o estado da menina e tocou seu braço gelado.


- Eu vim... – Ela falou sem saber que desculpa poderia dar. Abriu a boca algumas vezes, mas nenhuma resposta convincente lhe veio em mente.


- Vem, não vou deixar você aqui. – Nick sorriu gentilmente. – O Joe tá lá em cima, meu quarto é do lado do dele. 


- Nick, eu não... – Respirou fundo. – Essa não é uma boa idéia. 


- Não vou te deixar aqui, Demi. Assim você até me ofende. – Colocou a mão no peito, magoado.


- Desculpe, não foi minha intenção. – Sorriu.


- Vamos, você precisa se secar e tomar alguma coisa quente para te esquentar. – Tocou as costas dela e a guiou pela recepção do hotel até os elevadores. Apertou o vigésimo quinto andar e encostou-se à parede ainda analisando a garota com os braços cruzados e o queixo tremendo de forma quase imperceptível.


- Por que não subiu? – Perguntou, calmo. A garota deu de ombros.


- Não sei o que vim fazer aqui. Não deveria estar fazendo nada disso. – Sussurrou, observando o número no mostrador ir mudando rapidamente.


- Eu fico feliz que você esteja fazendo. Nós sentimos sua falta. – Usou o plural deixando claro que não estava se referindo a Joe. Quem sabe essenós se referisse apenas a ele, Chris e Kevin? Joe deveria odiá-la, assim como ela mesma se odiava por tê-lo deixado dois anos antes.


- Também senti saudade de vocês. – Sorriu sincera.

O elevador apitou, parando no andar em que os garotos estavam hospedados e Demi mordeu o lábio inferior sem saber o que fazer. Nick entrou no enorme hall e olhou a menina ainda parada dentro do elevador, sorriu a encorajando e segurou a porta, vendo-a sair a passos lentos. Seguiu andando ao lado dela e parou em frente a uma das portas de madeira clara. Tirou o cartão do bolso e se virou para a garota.

- Dem, eu realmente quero que você e o Joe se entendam. – Começou a falar, vendo que ela iria o interromper, e levantou a mão para impedi-la. – Eu sei o quanto vocês se amam e sei que nem dois, nem cinco e nem vinte anos destruiria esse amor. Acredite, ele nunca te julgou nem por um segundo por você ter decidido seguir seu sonho, ele sempre quis o melhor pra você. – A garota olhou para as próprias mãos sentindo a garganta apertar. Nick beijou sua testa e sorriu. – Se eu estou fazendo isso, é porque eu amo vocês dois e ainda acho vocês o casal mais bonito que eu já vi, por mais gay que isso possa soar. - Riu.
Demi o olhou sem entender o que ele quis dizer, o garoto se virou e bateu na porta, caminhando rapidamente até uma outra porta e entrando ainda mais rápido, deixando a garota boquiaberta.


- Nick? – Perguntou em dúvida, sentindo todo o corpo tremer. Ouviu a porta em frente a ela se abrir e um Joe apenas de boxer e com uma cara de sono surgir.
Abriu a boca pelo menos quatro vezes na tentativa de ao menos pedir desculpa por acordá-lo, mas os olhos Verdes dele a encaravam com tanta atenção que a única coisa que ela pensava era como precisava abraçá-lo e ouvir suas palavras sempre tão doces e sinceras.


- Entra. – A voz tranqüila dele a assustou. Olhou novamente para a porta fechada de Nick e hesitou alguns segundos antes de entrar no espaçoso quarto. Virou-se, pronta para pedir desculpa, mas ele tinha sumido. Arqueou as sobrancelhas sem entender, e ouviu um barulho vindo do banheiro. Segundos depois ele saiu de lá e lhe estendeu uma toalha branca.


- Obrigada. – Sorriu fraco pegando a toalha e passando-a levemente pelo cabelo, reparando pela primeira vez no quão encharcada estava.
Joe caminhou até a janela fechada e observou as luzes da cidade, podia praticamente ver seu coração batendo em seu peito tão acelerado e desritmado que estava com medo que Demi pudesse ouvi-lo. 


- Joe. – A voz baixa da menina o fez engolir em seco. Tanto tempo sem ouvir aquele timbre suave e calmo, suas memórias não faziam jus a realidade. Virou-se de frente para ela e encarou seus olhos amedrontados. – Desculpe por te acordar.


- Não estava dormindo. – Deu de ombros. Como se ele fosse conseguir dormir depois de tudo que acontecera. – Como você conseguiu vir até aqui? Digo, ao meu quarto. Disseram que a segurança daqui é pesada e ninguém da recepção me ligou pra avisar. – Sua curiosidade foi maior que o medo de magoá-la com a pergunta, ele não se importava com o fato de Demi estar parada no meio de seu quarto, completamente encharcada e sem saber o que dizer.


- Desculpe por isso também, eu subi com o Nick.


- Não tem problema. – Caminhou até onde ela estava e estendeu a mão para pegar a toalha quando ela terminou de se secar. Demi sorriu agradecida e passou a mão pelo cabelo, numa tentativa frustrada de arrumá-lo.


- Você deve estar com frio. Quer tomar uma sopa ou um chocolate quente? Posso ligar para a recepção e pedir que tragam. – A olhou, preocupado.


- Não precisa. Obrigada. – Sorriu sem graça e respirou fundo. Joe estava parado a menos de dois metros de distância e ela podia sentir o perfume dele. Era o mesmo de sempre, o mesmo que ela amava, o mesmo que fazia seu coração se acalmar.


- Então... Como você tá? – Ele perguntou, tentando iniciar uma conversa normal.


- Bem. – Respondeu controlando a vontade de dizer “com saudade”. – E você? Fiquei feliz de saber do McFLY. – Sorriu, colocando uma mecha do cabelo atrás da orelha.


- É, conseguimos. – Joe abriu um sorriso sincero. – Foi um pouco depois de você... – Parou, se arrependendo por ter dito aquilo. Demi olhou para o chão, sentindo o coração apertar.


- Eu fico feliz que tenha dado tudo certo, vocês merecem.


- E o curso de Design?


- Continua ótimo. Tem sido uma experiência e tanto pra mim. – Explicou. 


- E quando terminar... Você vai voltar? – Joe perguntou, inseguro, tentando não demonstrar toda a esperança que havia ressurgido em seu peito. – Digo, pra Inglaterra. – Consertou.


- Eu não sei ainda. – Mordeu o lábio inferior. Seu corpo inteiro queria gritar que sim. – Mas acho que sim, não quero trabalhar por aqui. – Deu de ombros. – Quando vocês vão embora?


- Só vamos ficar mais dois dias aqui. Vamos dar algumas entrevistas e depois voltamos pra casa. 



– A menina concordou, com um sorriso um pouco forçado. – Talvez a gente possa sair, se você quiser. Pode nos mostrar a cidade. – Sugeriu.

- Hm, claro. Eu adoraria. – Concordou com um sorriso. – Eu acho melhor eu ir e deixar você descansar. – Falou dando alguns passos pra trás. – Sei que deve estar cansado por causa do show, me desculpe novamente por incomodar.
Se virou, agradecendo por já estar perto da porta e, quando girou a maçaneta para abri-la, a mão de Joe empurrou novamente, fechando-a.
Demi respirou fundo virando-se de frente para o garoto e se assustando com a proximidade dele, seus rostos estavam tão perto e ela queria tantotocá-lo. Sem que precisasse mandar esse comando até seu cérebro, sua mão tocou o rosto dele levemente, acariciando sua bochecha. Joe fechou os olhos, respirando fundo, como conseguira viver tanto tempo sem aquele toque? Sem aquela respiração calma que tocava seus lábios fazendo-o lembrar o gosto dela.


- Eu não vou embora daqui sem você. – Confessou baixo, abrindo os olhos e a encarando. – Eu preciso que você diga que quer voltar e ir embora comigo também.


- Joe, eu não posso. – Demi sussurrou, deixando clara a dor em seu tom de voz. – Preciso receber o certificado do curso de Design, é importante pra mim.


- Mais importante do que eu? – Perguntou, sério. Demi balançou a cabeça negativamente.


- Nunca. – Respondeu. – Nunca.
Joe aproximou ainda mais os rostos e colou o corpo no dela, sentindo as respostas imediatas. Era aquilo que ele nunca sentiria com nenhuma outra garota. Seu corpo sempre pediria pelo de Demi, somente ela lhe dava todas aquelas sensações, somente ela o fazia sentir vulnerável. Passou o nariz calmamente pelo dela, e segurou seu rosto com as duas mãos, vendo a garota fechar os olhos.
Seus lábios se encontraram num misto de expectativa e hesitação, nenhum dos dois poderia negar aquela vontade, seus corpos os entregariam. A calma não foi mantida durante muito tempo, a saudade e o desejo gritavam, lhes dando pressa. Suas línguas se moviam com intimidade e intensidade e suas mãos inquietas estavam se redescobrindo, ainda incertas diante de algumas mudanças.
Demi não conseguia se decidir entre a nuca e o peito de Joe. Uma de suas mãos acariciava os cabelos dele, deixando que seus dedos se perdessem entre eles, enquanto a outra arranhava levemente seu peito. Era aquele desejo mais forte que seu próprio auto controle que ela nunca encontrara em Jared, aquela vontade de ter o corpo dele tão colado junto ao seu até que parecesse ser apenas um. Sentiu Joe puxar seu lábio inferior e gemeu baixo, sentindo a respiração ficar cada vez mais descompassada. Uma das mãos dele foi até a sua nuca e puxou levemente seu cabelo, enquanto seus lábios desceram lentamente pelo pescoço e colo da garota. Demi inclinou a cabeça deixando que as mãos dele passeassem por seu corpo sem restrições, ele tinha direito certo? Era dele, sempre fora.
Joe desceu o zíper da saia que ela vestia e a puxou um pouco pra baixo, deixando que caísse aos pés da menina. Suas mãos imediatamente desceram até os glúteos e as coxas dela, percebendo que estavam mais firmes, assim como a curva de sua cintura que estava ainda mais delineada. Ele conseguiria, de olhos fechados, dizer todas as mudanças que ocorrera em cada parte do corpo dela. Ainda era aquele corpo que atormentava seus sonhos e tirava sua concentração, aquele mesmo corpo que ele vira mudar ao passar dos anos.
Desencostaram-se da porta e caminharam cegamente até o meio do quarto. Joe subiu um pouco as mãos até chegar à barra da blusa que ela usava e a puxou pra cima, vendo a menina se afastar e levantar os braços, o ajudando a tirar a peça de roupa com um sorriso. Sorriu de volta depois de jogar a blusa no chão e desceu os olhos pelo corpo dela, ainda era aquele mesmo corpo capaz de despertar seus melhores e piores desejos. Ainda era seu pedaço faltando, a outra metade que o completava, o único corpo que se encaixava perfeitamente ao seu, como se tivesse sido cuidadosamente desenhado.
Demi mordeu o lábio inferior quando os olhos dele encontraram novamente os seus. Ela não sentia vergonha de ter o corpo tão calmamente estudado pelos olhos dele, aquilo lhe parecia natural. Joe segurou novamente em sua cintura e ela fechou os olhos, suspirando, nunca se dera conta de como sentia falta do contato das mãos dele em seu corpo nu. O nariz dele passeou por seu ombro subindo por seu pescoço muito lentamente. Sentia a respiração pesada dele tocar sua pele com a mesma delicadeza que suas mãos acariciavam suas costas e cintura.


- Eu te amo tanto. – Sussurrou, deslizando as próprias mãos para o pescoço dele. Aquelas palavras lhe pareciam tão certas.


- Mais do que qualquer outra coisa. – Joe respondeu no mesmo tom, sem parar de passear o nariz pelas bochechas quentes dela.


- Eu não quero te deixar de novo. – Confessou, sentindo um peso sair de seu coração. Era aquilo que ela queria dizer, para isso tinha ido até ali.


- Eu vou esperar e, se você não se atrasar demais, eu posso esperar por toda minha vida. – Os dois riram baixo, antes de deixar que seus lábios voltassem a se encontrar.
Demi empurrou o garoto em direção a cama e fez com que ele se sentasse, o empurrando para trás. Sorriu, indo até a parede perto da porta e abaixando um pouco a luz do quarto. Caminhou até a ponta da cama novamente e desabotoou o sutiã, jogando-o no chão sem se importar muito.Joe a observou daquela forma e sorriu calmamente, vendo-a subir na cama e trilhar um caminho de beijos lentos e provocantes desde sua barriga até sua boca. Segurou-a pela cintura, enquanto deixava que seus dedos se perdessem nos cabelos dela e girou o corpo, deixando-a sob si.
As mãos do garoto desceram calmamente pelo corpo dela até alcançar sua perna, levantando-a um pouco para que se encaixasse entre elas. Seus lábios percorreram toda a mandíbula dela, chegando até seu pescoço, ainda tão tentador quanto ele podia se lembrar. Depositou pequenos beijos sensualmente naquela área e sentiu a garota apertar seu braço e soltar o ar pesadamente em seu ouvido. Segurou firmemente na coxa de Demi e movimentou sua cintura em cima da dela, fazendo com que um gemido escapasse pelos lábios da menina. Sorriu satisfeito e deixou que sua língua acariciasse aquele pescoço tão macio e convidativo.
Demi segurou o elástico da boxer que Joe vestia e mordeu o lábio inferior, imaginando que seu pescoço já devia estar com algumas marcas, tamanha era a intensidade dos chupões que ele dava. Desceu a ultima peça de roupa que cobria o corpo dele e deixou que ele mesmo terminasse de tirá-la. Sorriu quando ele voltou a deitar sobre seu corpo e passou os braços pelo pescoço dele, sentindo sua pele esquentar por estar em contato com a dele. Deixou que Joe descesse a calcinha por suas pernas lentamente, enquanto os olhos dele analisavam cada parte de seu corpo com tanta atenção que parecia estudá-la minimamente.
Joe voltou a beijá-la e deixar que suas mãos explorassem o corpo dela, ainda procurando por mudanças, enquanto sentia as unhas dela subirem e descerem lentamente por suas costas, o provocando. Partiu o beijo apenas para pegar a carteira que estava no móvel ao lado da cama e pegou uma camisinha, colocando-a com cuidado.
Olhou intensamente nos olhos dela, sorrindo ao perceber que ela precisava daquilo tanto quanto ele. Era mais que vontade, mais que desejo, era a necessidade de senti-la novamente, sentir seus corpos se entregarem da mesma forma. Selou os lábios calmamente nos dela, antes de ouvir um gemido escapar por entre eles e as mãos dela apertarem seu braço com força, se entregando completamente ao momento.



Contunua... 


hahahahahahahaha... adorei parar ai :D bjs amo vocês.

7 comentários:

  1. OH MEU DEUS! Eu não acreditooo eles "voltaram" *O* omg, que perfeição! :333 cara, ta muito lindo, perfeito, maravilhoso aaaaaah posta logo, por favor! Eu estou ficando maluca aqui! Entro de 5 em 5 segundos aqui, juro! Viciei legal! :o enfim... eu estou amando, de verdade e não foi legal parar ali U.u haha to super hiper curiosa, ansiosa, omg! Bom... é isso haha beijos! :D

    ResponderExcluir
  2. Você adorou :)
    MAS EU ODEIEI! Mas eu amei o cap ok?
    Tá PERFEITO!

    Posta logoo! ;*

    ResponderExcluir
  3. OMG que lindooo ! Reencontro perfeitoooo ! U.U

    super linddo ! Querooo muito mais !

    Possta logoo

    ResponderExcluir
  4. SUA MAL :@ !
    Como você pode escrever com tanta perfeição ? Cara, eu não tenho palavras para descrever tamanha perfeição, tu tem talento mlr ! Tu pode escrever um livro, que eu compro com todo prazer e ainda peço autografo !
    Cara, eu ti admiro dimais !
    Sou tua fãn numero 1 !
    POSTA LOGO !
    Estou esperando ansiosamente *-----*
    Beijos de sua fãn numero 1 ! ! ♥

    ResponderExcluir
  5. AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH NOOOOOOOOOOOOOO MENTIRA QUE LINDOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO AMEI DE VERDADE O CAP AMEI AMEI POR FAVOOOOOOOOOOOOOOR POSTA LOGOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO

    ResponderExcluir
  6. posta logo pelo amor de Deus..


    amei o cap...


    posta logo #again

    ResponderExcluir
  7. *-* Obrigada por divulgar *-* AAAAHHHHHHH TA TÃO PERFEITO *-* mais eu não gosto quando vc é mau e para ai ¬¬' poste logo pf *-* to quase tendo um infarto e um ataque cardiaco '-' beijinhos *-*

    ResponderExcluir