sexta-feira, 15 de junho de 2012

Capítulo 2

Demi abriu os olhos lentamente, sentindo o cheiro de café invadir suas narinas. Olhou o teto alto e branco e lembrou da noite anterior se assustando quando o barulho de alguma coisa caindo veio do que ela achava que fosse a cozinha. Levantou um pouco a cabeça e viu Joe abaixado pegando algum objeto prateado caído no chão. Sentou no sofá lentamente e esfregou os olhos.



- Te acordei, né? Desculpa. – Joe falou num tom audível, mas bem baixo.


- Sem problemas. – Respondeu no mesmo tom. – Eu já estava acordada. – Completou se levantando e arrumando o sofá.

A menina pegou uma roupa qualquer dentro da mala que ainda estava ao lado do sofá e entrou no banheiro para fazer sua higiene matinal. Saiu poucos minutos depois, guardou a roupa de dormir na mala e foi até a cozinha ainda sem saber direito como falar com Joe.

- Er... bom dia. – Falou baixo fazendo desenhos na mesa ao centro da cozinha em sinal de nervoso. Joe estava de costas, ao que parecia, esperando as torradas serem jogadas para fora da torradeira.

- Bom dia. – Falou virando um pouco o rosto sorrindo levemente para a menina.
A torradeira apitou e duas torradas pularam para fora. Joe pegou um prato e depositou as duas torradas.

- Você prefere manteiga ou... – Ele parou observando a menina de cima a baixo. Aquele short jeans era perigosamente curto, e os pensamentos do menino eram perigosamente luxuriosos.
Puta merda.

Foi a única coisa que ele conseguiu pensar observando as pernas dela.
Demi arqueou a sobrancelha sem entender a falta momentânea de fala do menino. Os olhos dele em suas pernas a fizeram sorrir, sem graça e maliciosa.

- Manteiga ou geléia? – Ele perguntou balançando a cabeça e indo até a geladeira fazendo caretas. Que droga foi aquela? E por que ele não podia ter sido um pouco mais discreto?

- Geléia. – Demi respondeu simplesmente. 


# Flashback (17 anos antes)

- Como é o nome dela? – O garoto perguntou observando o bebê se mexer no berço.

- O nome dela é Demi. – Sua mãe respondeu sorrindo. – Ela é sua nova prima! – Falou passando a mão pelo cabelo de Joe. O menino sorriu olhando da mãe adotiva para a prima.


- Ela é bonita! – Ele comentou quando o bebê o olhou e sorriu. Sorriu de volta ainda encantado com os grandes olhos brilhantes que o encaravam. 


- Querem fazer um lanche? Comprei algumas coisas, inclusive seu chá preferido! – A mãe de Demi sorriu para a irmã.


- Claro, vamos lá! Joe, vamos lanchar? – Perguntou sorrindo para o filho recém-adotado.
Quando soube que não poderia ter filhos nem cogitou a possibilidade de adotar um. Ela queria um herdeiro que tivesse seu sangue, seus traços. Ver a irmã grávida a deixava com ainda mais vontade de ter um filho. Pouco depois de Demi nascer ela resolveu visitar um orfanato, mesmo sabendo que aquilo não era o que ela realmente queria. Depois de observar as crianças dali, tão diferentes umas das outras, cada uma com sua história, ela se perguntou se seria capaz de adotar algumas delas, foi quando Joe apareceu sorrindo pra ela.


- Posso ficar um pouco com ela? – O garoto apontou o berço e as duas mulheres sorriram.


- Claro que pode, meu anjo! – A mãe de Demi o olhou ternamente e saiu do quarto com a irmã.
Joe observou as duas mulheres saírem do quarto conversando e caminhou novamente até o berço. Demi estava de olhos fechados, a respiração tranqüila e calma fez o menino segurar na grade do berço e apenas observá-la em silêncio.
Minutos depois a menina abriu os olhos calmamente, Joe sorriu e passou um dos braços por entre as grades botando o dedo indicador na pequena palma da mão do bebê. Demi sorriu e apertou o dedo dele.


- Oi, Demi! Meu nome é Joe, eu sou seu novo primo. – Falou como se estivesse conversando com alguém da sua idade. – Posso te chamar de Dem? – A menina continuou sorrindo para ele, como se pudesse entender cada palavra. 

Demi emitiu um som pela boca, como se quisesse falar alguma coisa e riu levando o dedo de Joe até sua boca ainda sem dentes.

- A minha mãe é irmã da sua mãe, e ela me adotou faz alguns dias. – O menino continuou falando enquanto a menina brincava com seu dedo. – Eu não conheci meus pais verdadeiros, mas fiquei muito feliz por ter conhecido minha nova mãe. – Sorriu vendo o bebê depositar a pequena mão, em cima de sua palma, um pouco maior. Ela o olhou sem sorrir, os olhos brilhantes vidrados nos olhos Verdes do menino. Joe não desviou o olhar, continuou a encarando sentindo a leveza de sua mão em cima da mão dele.


- De hoje em diante, eu vou proteger você, Dem. De qualquer coisa, prometo. – Sorriu segurando a delicada mão da menina entre seus dedos.

Joe sempre fora maduro demais para a idade, quando chegou ao orfanato, com poucos meses de vida, todas as freiras se apaixonaram pelo pequeno menino branquinho de olhos Verdes. Aos dois anos Joe já conversava com todas as freiras e sabia seus nomes de cor, sempre fora muito brincalhão, mas não gostava de ficar brincando com as outras crianças. Era como se elas fossem de um mundo diferente do dele, como se ele fosse mais maduro que elas e estivesse ali apenas para protegê-las. Muitos casais que iam até o orfanato se apaixonavam por ele, mas diferente do que todos imaginavam, Joe apenas se portava mal na frente dessas pessoas, ele não queria ser levado embora dali, não por aquelas pessoas.
Pouco depois do seu aniversário de quatro anos, ele estava brincando no jardim do orfanato e viu uma mulher jovem e bonita observar as crianças com um brilho no olhar. Joe correu para o quarto dos meninos no andar de cima e sentou na cama ofegante por causa da corrida. O olhar daquela mulher era diferente de qualquer outro que ele já tinha visto. Sentiu o coração voltar a bater no ritmo normal e se levantou respirando fundo, era hora dele ir embora dali. Desceu as escadas calmamente e viu que a mulher estava na porta do orfanato conversando com uma das freiras. Ficou em pé no ultimo degrau da escada e quando a mulher o olhou ele sorriu.

- Joe, meu amor, você não quer comer nada? – As duas mulheres voltaram para o quarto rosa claro com alguns desenhos nas paredes.


- Quero. – Joe respondeu e depois olhou para Demi. – Mas antes, posso segurar ela? – Perguntou inseguro. A mãe de Demi o olhou por alguns instantes, ela achava incrível a forma como os olhos de Joe eram verdadeiros e transmitiam tantos sentimentos de uma vez só.


- Pode sim, só toma muito cuidado, tá bom? Ela é muito delicada. – Tirou a filha do berço e se ajoelhou ficando na altura do garoto que sorria. – Bota o braço assim como o meu e segura firme. – Ela deu as instruções e depositou Demi nos braços magrinhos dele.


Demi sorriu observando o rosto de Joe agora mais de perto, levantou uma das mãos e tocou o queixo dele.
As duas mulheres observaram a cena um pouco assustadas, Demi nunca reagia muito bem quando ficava no colo de alguém que não fosse a própria mãe, mas ali, no colo de Joe, ela parecia tão natural.
Os braços dele em volta dela faziam o perfeito encaixe para o corpo pequeno e frágil dela.

# End of flashback


Demi mudava os canais da televisão compulsivamente sem achar nada que a interessasse.
- Dem, pára de mudar os canais assim! – Joe falou do andar de cima e ela deu de ombros.


- Não tem nada legal passando! – Resmungou.


- Então desliga. – Ele riu.


- Se você me der outra opção para passar o tempo, eu desligo! – Respondeu ainda zapeando os canais. Noticiários, filmes, desenhos, programas de auditório, de culinária, de vendas... nada a interessava. 


- Veste uma roupa de frio! – Joe falou do andar de cima e entrou no banheiro deixando a menina sem entender. Deu de ombros desligando a televisão e procurou por roupas de frio na mala.
Quando saiu do banheiro, Joe estava no sofá vestindo uma calça jeans, um moletom com outro casaco por cima e a toca listrada que ela havia dado de presente no ultimo aniversário dele, afirmando que fora feita especialmente pra ele. 


- Aonde vamos? – Perguntou curiosa arrumando o cachecol em volta do seu pescoço. 


- Patinar! – Joe sorriu se levantando e riu quando o sorriso no rosto da menina desapareceu.


- Joe, você sabe que eu sou péssima nisso. Ainda tenho marcas da ultima vez que você me arrastou pra uma pista de patinação. – Ela apontou o joelho coberto pela calça jeans, mas que os dois sabiam que havia uma pequena cicatriz. 


- Você não vai cair, Dem! É só não inventar de querer girar ou andar num pé só! – Ele sorriu abrindo a porta do loft e a menina bufou se dando por vencida.

- Pronto, tá seguro! – Joe ficou de pé após arrumar os patins de Demi. Ela observou a pista cheia de pessoas sorridentes patinando como profissionais.


- Eu não vou conseguir! – Falou baixo observando os patins azuis claro que Joe tinha escolhido pra ela.


- Claro que vai. – Ele segurou as duas mãos dela e a levantou. Demi sentiu os pés doerem um pouco, mas conseguiu se estabilizar em cima deles. – Confia em mim? – Joe perguntou sério a olhando nos olhos. Ela apenas balançou a cabeça concordando, sem conseguir achar palavras que fizessem sentido. Ele sorriu e a guiou até a entrada da pista.
Joe pisou primeiro no gelo sem maiores dificuldades ainda segurando a mão da prima que o observava em silêncio. Ele arqueou a sobrancelha a olhando, como se questionasse se ela ia continuar parada. Respirou fundo e pisou na pista sentindo os patins já deslizarem um pouco. Com uma mão ela segurava a de Joe e a outra estava firme na grade que circulava a grande pista de gelo.


- Dem, solta a mão da grade. – Joe riu ficando de frente para ela e retirando sua mão da grade. – Não fica olhando pra baixo, olha pra frente! – Falou andando lentamente de costas e vendo a menina respirar fundo e começar a se mexer.


- Joe, você vai cair andando de costas. – Ela reclamou um pouco irritada.


- Não vou cair, você não deixaria. Confio em você. – Sorriu andando um pouco mais rápido.


- AI, AI, AI. CALMA!! – A menina gritou desesperada o fazendo rir alto. – É SÉRIO, DROGA! NÃO RI! – Falou emburrada.


- Tá, a gente faz uma troca! Eu não dou risada se você confiar em mim e deixar de dar passos de tartaruga. Senão a gente só vai conseguir dar a volta na pista quando anoitecer.


- Háhá, muito engraçado! – Ele arqueou a sobrancelha. – Tá bom! – Bufou concordando e respirou fundo.
Joe ficou ao lado dela segurando apenas uma mão e começou a patinar calmamente. Demi não sabia se observava o jeito como o primo patinava, para tentar fazer igual, se olhava para frente para não esbarrar em ninguém, ou se olhava para os próprios pés. Lembrou que Joe a aconselhou a olhar pra frente, e foi o que ela fez.
Joe sorriu vendo a menina começar a patinar mais tranquilamente ainda segurando forte em sua mão.


- Lembra que a gente sempre patinava quando éramos crianças? – Ele riu levemente com a lembrança. Demi o olhou sorrindo, era bom saber que ele também guardava as memórias da infância deles.


- Eu sempre tive medo, e você sempre ficava do meu lado me ajudando. – Mordeu o lábio deixando que as memórias da infância aparecessem pouco a pouco em sua mente. – Eu lembro quando você me trouxe aqui pela primeira vez. Era natal, e eu estava louca pra ver a árvore que eu ficava vendo na televisão, então você pediu pra sua mãe nos trazer até aqui e tapou meus olhos com uma venda...


- E você queria entrar na pista sem patins! – Joe a interrompeu rindo.


- Eu tinha sete anos, Joe! – Ela deu um tapinha no braço do garoto. – Eu achei tudo tão mágico, acho que foi o melhor natal da minha vida. – Sorriu.


- Era mais legal quando a gente era criança. Não tínhamos tantas preocupações. – Joe filosofou e Demi o olhou rindo.


- Não que você alguma vez na vida já tenha sido criança, né? Você sempre foi um adulto no corpo de menino. – Ficou em silêncio alguns segundos. – Acho que foi por isso que eu me apaixonei por você. – Falou mais baixo e sentiu Joe soltar sua mão e cair de bunda no gelo.
Demi se virou assustada e começou a rir enquanto o primo fazia caretas tentando se levantar. Quando estendeu a mão para ajudá-lo a situação só piorou, já que ela também caiu.


- Aai, minha bunda! – Ela fez careta sentindo o gelo em contato com a calça jeans a incomodando.


- Espera, eu levanto e te ajudo. – Joe conseguiu ficar em pé com algum esforço. – Me dá a mão e não deixa os patins deslizarem. – Falou segurando firme as duas mãos da menina.
Depois de algumas tentativas frustradas os dois ficaram de pé lado a lado.


- Machucou? – Ele perguntou preocupado e Demi negou balançando a cabeça. Estendeu novamente a mão para a menina e recomeçaram a patinar tranquilamente. Demi preferiu não tocar de novo não assunto, mesmo não entendo a reação exagerada de Joe, não era novidade o fato dela admitir os sentimentos em relação à ele.

- Meu pé tá doendo, a gente devia ter vindo de carro. – Demi comentou sentindo os pés apertarem dentro da bota. – E minha bunda tá doendo por causa de tanta queda. - Fez careta vendo Joe sorrir.


- Conseguiu bater seu record de quedas. Nem da primeira vez você caiu tanto. – Ele balançou a cabeça rindo.


- Eu tenho problemas de equilibro com aquelas coisas. – Respondeu emburrada. Nunca fora boa em patinar, por mais que tentasse. Para ela a idéia de conseguir se equilibrar em cima de duas lâminas e ainda sair dando piruetas era absurda.
Sentiu o pé doer ainda mais quando tentou apressar o passo e choramingou começando a mancar.


- Tá doendo muito? – Joe perguntou preocupado se virando de frente pra ela. Demi confirmou balançando a cabeça e suspirando. – Desculpa, eu não devia ter te levado pra patinar, e nem muito menos ter ido sem carro.


- Claro que a culpa não é sua, Joe. – Bufou um pouco irritada. Odiava quando Joe ficava se culpando por tudo que acontecia à ela. – Eu consigo andar até em casa. É perto e a gente já andou bastante. – Falou voltando a andar.


- Dem, a gente pega um táxi. – Joe segurou no braço dela.


- Eu tô bem, vamos. Eu consigo andar! – Reclamou impaciente.


- Cara, por que você tem que ser tão teimosa? – Bufou andando mais rápido para alcançar a garota. – Me deixa ao menos te ajudar, vai. – Reclamou.


- O que você vai fazer, Joe? Me carregar nas costas? – Perguntou com os dentes trincados. Ela não era nenhuma criança chorona que precisava de ajuda só porque sentia uma dorzinha ali e aqui.

Viu Joe entrar em sua frente ainda de costas e virar um pouco a cabeça para encará-la.
- Sobe! – Ele falou sério.


- Joe Jonas, não vou subir na suas costas só porque eu tô sentindo uma droga de dor no pé! – Falou baixo e quando tentou passar por ele sentiu-o segurar firme em seu pulso.


- Sobe na droga das costas agora! – Mandou de um jeito autoritário e Demi sentiu de vontade de estapeá-lo. – Agora! – Repetiu e a menina bufou batendo o pé com força no chão e fazendo uma careta logo depois.


- Droga! – Reclamou e Joe abriu um pequeno sorriso no canto dos lábios. – Odeio você, Joe Jonas! – Exclamou baixo subindo nas costas do garoto.

Demi resmungou impaciente e desceu das costas do primo assim que viraram a esquina do apartamento. Sua única vontade naquele momento era de bater em Joe, por ele ficar se culpando por tudo e por fazê-la ir quase todo o caminho até em casa montada em suas costas. Maldita hora em que reclamou da dor no pé! Claro que Joe ia arrumar uma maneira de se culpar por aquilo.
- Senhorita? – Ouviu uma voz praticamente cantar quando passou apressada pela frente de uma casa que parecia abandonada a algum tempo. Se virou encontrando um senhor que aparentava ter mais de setenta anos com um pequeno cachorro cor de chocolate no colo. – Não gostaria de adotar esse pequeno cão? – Perguntou docemente e Demi sentiu o coração apertar ao ver o pequeno cachorro todo encolhido no colo do senhor.


- Ai, que coisa mais linda. – Falou sem se preocupar com Joe que tinha se virado para ver onde ela estava. 


- Dem, o que você... – Começou a falar, mas a menina se virou sorrindo com o pequeno cachorro no colo.


- Joe, olha que coisa mais linda! – Falou com um sorriso bobo, sem conseguir tirar os olhos do cachorro.


- Dem, ele deve ter pulgas. – Joe comentou baixo, mas o senhor ouviu.


- Não tem pulgas, meu jovem. O fato é que a minha cadela teve três filhotes algumas semanas atrás, mas infelizmente minha esposa adoeceu e eu não posso cuidar desses filhotes. Preciso apenas de pessoas que possam me ajudar, adotando-os, para que eu tenha certeza de que serão bem cuidados. – Explicou ainda com o mesmo sorriso doce nos lábios. – Os outros dois foram levados ontem por um casal e seu jovem filho que ficou encantado com eles, só não levou os três porque os pais não permitiram. Posso te mostrar que os cachorros foram bem cuidados e já estão vacinados, tenho os papéis aqui. – Falou abrindo uma maleta.


- Não precisa. – Joe comentou um pouco sem graça.


- Joe, podemos ficar com ele? – Demi perguntou manhosa ainda encantada com o cachorro que respirava calmamente em seus braços.


- Dem, eu acho que isso é um labrador, certo? – Olhou incerto para o senhor, que confirmou com um aceno de cabeça. – Cachorros dessa raça ficam enormes, como ele vai poder ficar lá no loft?


- E qual o problema, Joe? Seu loft é grande. – Demi insistiu. – Olha só pra isso, como você consegue recusar uma coisinha linda dessas? – Botou o cachorro em frente ao rosto de Joe que se afastou rolando os olhos.


- Dem, não posso...


- Por favor! – O interrompeu fazendo cara de criança. – Por favor, por favor!! Eu não vou conseguir dormir em paz sabendo que abandonei essa pequena criatura aqui! Vai que alguém adota ele e o maltrata? – Falou pensando nas milhares de possibilidades. – E eu preciso de uma companhia pra quando você me abandonar sozinha no loft. – Deu de ombros e Joe rolou os olhos mais uma vez. Sabia que ela não ia desistir. 


- Eu só queria saber se vai adiantar eu dizer que não. – Falou já conformado que teria que agüentar um cachorro destruindo sua casa. Não que ele não gostasse, na verdade ele amava cachorros, mas não achava o loft um lugar ideal pra criar um.


- Não! – A menina sorriu vitoriosa.
Joe se virou para o senhor que pegava os papéis da vacinação em uma pasta e começou a fazer algumas perguntas sobre o cachorro e que tipos de cuidado teria que ter enquanto Demi se afastou um pouco fazendo carinho no cachorro que estava tão quieto que se ela não sentisse sua respiração, poderia jurar que estava morto.
Quando se deu conta já estava na porta do prédio, olhou pra trás vendo Joe caminhar lentamente com alguns papéis na mão. Pelo olhar dele, ela já sabia que teria que o ouvir falar sobre responsabilidade e mais um monte de coisas que ela considerava besteiras saídas da boca de uma pessoa que era apenas quatro anos mais velha que ela.


- Antes que você fale alguma coisa... – Levantou o dedo indicador quando viu Joe abrir a boca. – Você perguntou se é macho ou fêmea? – Fez uma cara inocente e Joe bufou abrindo a porta do elevador para que ela entrasse.


- É macho, Demi. Tem noção do que esse animal vai fazer com meu apartamento? Eu não vou me responsabilizar por qualquer dano que ele causar, seja aonde for, ouviu bem? Você já tem idade suficiente pra assumir responsabilidades... – Demi preferiu não ouvir o resto do discurso. Sorriu fazendo carinho no focinho do cachorro que abriu os olhos preguiçosamente e encarou sua nova dona.


- HARTE! – Ela gritou assustando Joe que aparentemente ainda fazia seu discurso. Ele a olhou sem entender. – O nome dele vai ser Harte! – Exclamou sorrindo.



Continua...

5 comentários:

  1. Jemi está bem fofo nessa fic. Está mais real :) Posta logo...

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  2. kkkkkkkk
    Adorei só a Demi mesmo... Eu vou chamar ela quando eu pedir um cachorro para meu pai
    POSTA LOGO
    BeiJemi

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  3. Cara, sempre quando leio as fics dessa garota, parece que eu estou vendo cenas reais... JURO! Eu simplesmente amo suas fics! :3
    Posta logo amoor;*

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  4. Ameeei! Posta logo!!!! ;)

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  5. Oii , Lembra de mim ?? Acho que nao :((
    Você que escreveu esta fic?? TÁ PERFEITA DEMAIS
    ESTOU AMANDO E ESTE CAPITULO QUE PERFEITO, A DEMI TODA FOFA COM O CACHORRINHO ! :33
    tá muito FOFO essa fic !![
    AMAAAAAAAAAAAAAAAANDO :))
    Posta logo viu?!
    Beeeeeeeijos & Stay Strong ! <33

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